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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Dubai leva insegurança ao mercado financeiro inetrnacional

 Dubai: impacto no Brasil deve ser indireto,
dizem analistas

Sexta, 27 de novembro de 2009


Economia Internacional

Até pouco tempo atrás, Dubai parecia evocar um milagre econômico por conseguir firmar-se como um centro financeiro regional em uma sociedade islâmica. Por isso a forte repercussão da notícia que circula desde a quinta-feira, de que a holding Dubai World pretende postergar o pagamento dos US$ 59 bilhões em dívidas. Segundo analistas, o impacto sobre o Brasil deverá ser pequeno, mas um contágio que passaria antes por grandes banco europeus é possível.
As duas economias são pouco conectadas e os investidores brasileiros ainda não descobriram o mercado islâmico. Ao contrário, as incursões dos bancos brasileiros no Oriente Médio são muito mais para buscar dinheiro do que para investir. Mas para o economista Celso Grisi, do Instituto de Pesquisas Fractal, a ligação é indireta."Estamos vivendo um drama que poderia ser expresso como seguinte ditado: "cachorro picado por cobra tem medo de linguiça". Vivemos recentemente uma crise marcada por uma perda fenomenal de valor por conta de um grande contágio da economia. As dívidas de Dubai estão concentradas em poucos e importantes bancos da Europa principalmente, além de EUA e Ásia. O grande medo é de que a quebra dos fluxos de caixa destes bancos possam se impor aos outros credores. Isso atingiria países importantes na recuperação econômica", afirmou.
De acordo com Grisi, a Inglaterra possui o maior nível de exposição e os grandes bancos envolvidos nesta dívida podem ter oferecido investimentos a clientes brasileiros, desse modo o contágio poderia chegar no mercado nacional. No entanto, a contaminação deve ser pequena. "Temos um contexto global delicado, mas o contexto brasileiro de alguma forma nos preserva", disse.A moratória pode até ser vista como uma decisão equilibrada, segundo Grisi. "Ninguém quebrou ainda, apenas pediu moratória para rever as possibilidades de pagamento. É uma coisa bem equilibrada. Acho que vai assustar muito nos primeiros dias, as bolsas tendem a cair, mas vão se equilibrar no médio prazo", afirmou o economista.

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