Para onde irão os preços? E os juros? E o dólar
Vejam as manchetes do dia. A inconsistência é a regra do comportamento econômico em tempos de crise: "Investidores superam temor de calote e Ibovespa sobe". "Dólar sobe em pregão de pessimismo nos mercados". Fica impossível concluir se o temor foi superado ou permanece, com o pessimismo. Pior, tudo na mesma midia e no mesmo dia.
Continua: "Melhora da confiança da indústria estimula alta nas taxas dos DIs". "Confiança da indústria avança para 109,6 pontos em novembro". "Projeção de crescimento do PIB segue estável, em 0,20% para 2009". Quais são as razões de tanta confiança, se o PIB ficou no mesmo lugar?
Vamos em frente: "Produção industrial subiu 0,5%, em outubro, no Japão". "Japão anuncia plano de estímulo de US$ 31 bi". Agora complicou. Ou o Japão está crescendo ou está sendo empurrado pelos estímulos. Afinal, como está o Japão?
"Economia da Índia cresce 7,9% no segundo trimestre fiscal". "China critica EUA por permitir desvalorização do dólar". No Oriente: "Dubai não garante dívida do conglomerado Dubai World". Na América a notícia vem do Canadá: "PIB do Canadá avança 0,1% no 3º trimestre". O que se pode concluir da Ásia e do Oriente? Tudo é díspare, pelo menos à primeira vista.
"Preço das casas no Reino Unido cresce 0,2% em novembro". "Inflação de novembro na zona do euro é estimada em 0,6%". Então, é crescimento?Notícias de inflação e de crescimento sugerem juros mais altos, no primeiro mundo. Dubai e China puxam o dólar para cima. Juros altos no primeiro mundo induzem recuperação do valor do dólar, China e Dubai se somam nesse movimento.
Cuidado. Melhor retardar as vendas de divisas provenientes de exportações. Essa coisa do Real valorizado pode mudar. Insisto.
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