Consumidor toma menos empréstimos
A Pesquisa de Crédito e Consumo,realizada pelo instituto FRACTAL de pesquisa de mercado,mostra que, no terceiro trimestre desse ano, houve uma redução na demanda por crédito pelas pessoas físicas, na região metropolitana de São Paulo. Mostra também uma redução no valor do empréstimo médio feito por esse consumidores. As reduções se deram em todos os agentes financeiros, mas foram maiores nos empréstimos contraídos juntos às financeiras de lojas de varejo e cartões de crédito.
Essa reduções não podem ser ignoradas. Elas nos alertam sobre algumas questões. O consumidor aprendeu, pelo menos no curto prazo, que não deve ultrapassar seu limite de endividamento. Observado os últimos seis meses, é grande o crescimento da inadimplência e da insolvência. Portanto, já parece-me claro haver uma certa exaustão da capacidade de endividamento desse consumidor de crédito. Não é só uma questão de aprendizagem. É também um esforço de reduzir seus compromissos pessoais e voltar a um estado de normalização de sua atividade financeira. Para esse final de ano, evidentemente, espero por crescimento. Mas também espero um consumidor de crédito mais seletivo. Ele elegerá o produto que irá financiar pelos benefícios que possa usufruir com sua compra. O produto e seu preço poderão ser mais importante na decisão de financiamento do que o local e o custo do empréstimo. Prazos de financiamento (número de parcelas maiores) podem ser o maior diferencial nesse Natal.
Não foram segregados os efeitos das diminuições das desonerações tributárias de IPI sobre as ofertas de automóveis e eletrodomésticos. Não foi objeto de minha pesquisa. Mas, seja como for, imaginar que a redução desses incentivos dessem razão à redução do volume de crédito e do ticket médio desses empréstimos, seria valorizar muito esse dois setores face ao total de rubricas de dispêndio da família paulistana.
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