Por que? Há problemas?
Com a assinatura de protocolo de adesão, a Venezuela passou a ser o quinto país-membro do Mercosul.O bloco agora conta com 250 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto de US$ 1 trilhão, o equivalente a 75% do total da América do Sul.
A Venezuela, com quase 30 milhões de habitantes - menor portanto que o Brasil e a Argentina-, tem sua economia sustentada pelo petróleo e goza de interessante posição geográgica, pois coloca-se como uma ligação natural entre o Caribe a Patogônia. Acredita-se que sua adesão ao bloco possa estimular iniciativas semelhantes de outros países sul-americanos.
Entretanto, com a participação da Venezuela, alguns problemas podem agravar o efetivo funcionamento das trocas internas entre os países-membros.É muito clara a preocupação com a viabilidade de a Venezuela abolir todas as suas barreiras alfandegárias com os seus parceiros, até 2014. Imagina-se que essa redução abrupta possa inviabilizar parte de suas atividades empresariais com a entrada em seu território de produtos mais baratos,vindos, sobretudo, do Brasil e da Argentina.Teme-se ainda que a entrada da Venezuela exacerbe os problemas ideológicos, dadas as intenções políticas de Chávez. É do perfil desse mandatário interessar-se mais por essas questões de natureza política, contariamente aos demais chefes de estados, que estão interessados em colocar comércio como prioridade do bloco, relegando para um plano secundário as questões geopolíticas. Sabe-se também que o interesse maior do Mercosul é o de obter um acordo comercialmente conveniente com a união Européia, deixando à margem eventuais devergências políticas ou ideológicas.
Por fim, há um entendimento generalizado que o futuro do bloco depende do aumento da liberalização das atividades econômicas e da coordenação de suas políticas monetárias, fiscais e cambiais. Sob esses aspectos, Chavez nem é tido como um administrador prudente e, muito menos, como politicamente hábil.
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