Reproduzo na íntegra o post escrito por
Vinicius Torres Freire
24.02.2010 - 09h35 - BLOG DO VINICIUS da FSP.
Ele consegue sintetizar informações do catastrofista do dia - Kenneth Rogoff - professor de Harvard, ex-economista-chefe do FMI, autor de "This Time is Different", com Carmen Reinhardt."Eles escreveram uma história convencional mas muito boa e estatisticamente documentada de oito séculos de bolhas, pânicos, manias e crashes. Rogoff participa de uma comissão, "O Grupo dos Trinta", que junta financistas e ex-dirigentes de Banco Central a fim de discutir e propor reformas financeiras. O grupo é dirigido por Paul Volcker, ex-presidente do Fed que domou a inflação americana nos 80, a pauladas, e agora é assessor de Barack Obama. Armínio Fraga, presidente do BC nos anos FHC, faz parte do grupo.
Numa palestra em Tóquio, Rogoff diz o seguinte (repetindo o que disse de maneira sintética em Davos):
1) Vai haver quebras de governos. Pode ser agora, pode ser daqui a alguns anos, mas alguns países vão deixar de pagar a sua dívida. É o que costuma acontecer depois de grandes crises bancárias. Calote, sim, como o da Argentina em 2001;
2) O pessoal do mercado apenas começou a tumultuar o ambiente, cobrando mais caro para financiar Grécia, Portugal e Espanha, além de empresas e bancos com interesses por lá. Quem tem deficit e dívida grandes, vai penar. Ou quebrar;
3) Países ricos, ora superendividados e/ou com superdeficits, mas com tradição de controle das contas do governo, como a Alemanha (em primeiro lugar), vão cortar gastos. EUA, França e Reino Unido também. Claro, não vão passar por um aperto grego. Mas o deficit feito para evitar uma grande depressão vai fazer com que o crescimento seja bem lento nesses países. Por anos. Talvez uma década".
Isso é exagero? Como planejadores devemos estar atentos a este cenário? Como se preparar (ou se defender) de um prognóstico desse?colaborou Prof RAMIRO GONÇALEZ FIA ramirogon@uol.com.br
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