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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Um belo braço de ferro pela frente.

Em Davos, Banqueiros se movimentam
Os banqueiros internacionais, sobretudo os americanos e europeus, vão se encontrar com os principais reguladores do sistema financeiro mundial, nessa semana. O encontro será com o Conselho de Estabilidade Financeira, criado pelo G-20. Participam desse Conselho representante do FMI e do Banco de Compensações Internacionais. A reunião contará até com representante chines.
A primeira tarefa será a de definir as reais funções que um banco de ter na sociedade financeira atual. Os banqueiros sustentam que regulamentações criadas por motivações políticas e populistas serão ineficazes. Para produzir resultados, as regras devem ser adotadas mundialmente e supervisionadas dessa mesma maneira.
A reforma proposta quer limitar o tamanho das instituições financeiras para evitar eventuais contágios. A idéia aqui é a de limitar suas repercussões sobre outros agentes econômicos, em caso de quebra. Por outro lado, as novas regras obrigariam as instituições financeiras a limites maiores de capitalização, reduzindo sua alavancagem e obrigando-as a níveis mais elevados de liquidez. Essas medidas, ainda que desejáveis, poderiam comprometer fortemente o resultado da operação bancária. É aí que o carro está pegando.
Mas a proposta vai além. Ela sugere que as operações dos bancos comerciais e dos bancos de investimento sejam totalmente separadas, para que o dinheiro dos depositantes e suas popanças não corram os riscos de uma operação típica dos bancos de investimentos. E que, por essa forma, os riscos das operações estruturadas e de engenharia financeira, não venham a contaminar, pelo menos com o vigor que assistimos recentemente, as economias, as populações e todas suas classes produtivas.
Como se sabe, quanto maior o risco, maior o lucro. Acionistas americanos e europeus certamente não concordarão com isso. Pois, pois os riscos eles sempre distribuem em proporção maior que os lucros em suas operações. Essas assimetrias nos países desenvolvidos podem até ter sido causa para que tenham atingido esse estágio de riqueza. Entretanto, eles passam a ser inadimissíveis na vida moderna. O combate à pobreza e às desigualdades não pode ser anulado por crises que poderiam se evitadas.
Vamos acompanhar isso tudo, por que uma coisa é certa, do jeito que está não vai ficar.

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