O Copom de hoje não há de ser sensato.
A eleição está em campo.
Ibovespa com queda de 2,61%, encerrando o pregão abaixo dos 70.000 pontos. O volume transacionado, não foi pequeno: R$ 7,58 bilhões. Tudo atribuído à inesperada alta de juros da China. Aliás, ela também não foi tão alta. Apenas míseros 0,25 ponto percentual e fez um estrago desse. Não haveria motivo para tanto, mas como se sabe, bolsas movem-se a base de pânicos. Esse é seu melhor combustível. Então, pânico nelas!O real subiu 1,32%. Parece mais uma resposta ao novo IOF do ministro Mantega e menos efeito dos novos juros chineses.
No Brasil, como no China, o mercado está superaquecido. A inflação, aqui como lá, pressiona o crescimento. A receita é por "água na fervura". Mas não subindo a Selic. Isso parece ter perdido a eficácia. Volto a insistir: vamos contingenciar o crédito seletivamente. A inflação vem pelas mãos dos alimentos. Quem financia esses itens são basicamente os cartões de crédito e os cheques especiais. Que tal contingenciá-los? No mínimo provocariam a queda dessas taxas "escorchantes".
Outra solução seria aumentar os depósitos compulsórios. O povão que não conhece seus efeitos e aplaudiria a medida. Sentiriam uma sensação de vingança em cima do sistema financeiro que lhe cobra juros altos. Os juros reais subiriam, sem subir a Selic. O problema estaria resolvido, por essa via. Nesse momento pré-eleitoral, essa última solução parece-me pouco provável. Aguardemos, porque insensatez não falta aos nossos governantes.
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