Copom imobilizado pelas eleições
O Ibovespa voltou à casa dos 70.000 pontos, com um giro financeiro de R$ 6,7 bilhões. Foi uma alta bastante discreta, de apenas 9,77%, mas muito importante. Mostra o vigor das bolsas e a disposição dos investidores em frequentar o ambiente brasileiro, mesmo com a disputa eleitoral se acirrando.O dólar que havia subido muito no dia de ontem, passou por um dia de ajuste,e recuando para R$ 1,675. A alta do dia anterior sinalizou para a eficácia, nos prazos curto e médio, da elevação da alíquota do IOF para 6% sobre os capitais estrangeiros. Claro que o mercado está irrigado de dólares. PAC, mercado de ações, ied, Olimpíada, copa e crescimento movido a crédito explicam a desvalorização da moeda americana e, por mais que se combata a apreciação do real, a tendência é de que essa situação se mantenha. Vamos conviver ainda por um bom período com essa realidade. Os excessos precisarão ser realmente evitados pelos instrumentos disponíveis ao Governo Central.Diante do quadro inflacionário brasileiro, o Copom omitiu-se. A política monetária parece imobilizada pela proximidade das eleições. Nada de nada. Nem os juros se mexeram, nem o compulsório aumentou, nem o crédito foi contingenciado. Até parece que nada está acontecendo. O lado positivo é que a Selic também não aumentou. Continuamos no topo do mundo com nossa taxa básica de juros. Veja a tabela abaixo.
Nos Estados Unidos, o Livro Bege trouxe alento aos mercados de todo o mundo, anunciando uma recuperação nos Estados Unidos mais rápida do que os analistas vêem. Também repetiu a disposição de fornecer novos estímulos à economia norte-americana.
O problema interno continua a se agravar com o comportamento da inflação. Gastos públicos não dão sinais de mudanças. Câmbio tem apenas medidas paliativas. Nada disso pode ser considerado bom para o país.
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