Os países nórdicos entram na moda
no cenário do pós-crise
As economias do norte da Europa estão entre as mais sólidas do mundo desenvolvido e são as que apresentam as perspectivas de crescimento mais animadoras. É daí podem vir novidades positivas para o Velho Continente.O fenômeno parece criar uma dicotomia que biparte a Europa. Ao norte, as economias prosperam. Ao Sul, residem as economias mais deterioradas. O segredo parece ser exatamente o cuidado dispensado às contas públicas. Duas monarquias constitucionais, Noruega e Suécia, com seus reis e rainhas, são a nova atração entre os analistas de investimentos. Déficits reduzidos ou mesmo superávits, em dimensões diversas, tornam as contas públicas relativamente sadias Os mercados têm mantido maior dinamismo que de outros países avançados. O crescimentos dessas economias também são mais rápidos e sustentam esse otimismo em relação à toda região nórdica.
As bolsas desses países ilustram bem essa situação de economias menores, e mais austeras na gestão de suas receitas e despesas, constituir-se em esperanças novas para apoiar a recuperação dos pródigos países do sulinos. O índice europeu de referência, o Stoxx 600, soma 3,3%, desde o início do ano. Em Oslo, a alta foi de 5,3%, enquanto em Estocolmo o avanço alcançou de 14%, desde o início de janeiro. O último relatório da OCDE já assinalava "que a esses países teriam uma recuperação da crise anterior do que outros mercados europeus".
Tudo parece muito consistente e em linha com as melhores práticas para a gestão dos estados. Os juros, por exemplo, começaram a subir. Os bancos centrais sueco e norueguês elevaram as taxas de juros locais, com o sentido de moderar o crescimento de suas economias, tornando-os mais lentos o suficiente para não interromper a recuperação econômica. São economias muito abertas e que se apóiam em fortes investimentos em educação e desenvolvimento tecnológico.
Penso ser um bom exemplo para os formuladores de políticas econômicas do próximo governo brasileiro.
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