Depois do anúncio do corte programado, a economia britânica mostra as garras
Se a recuperação já é uma realidade no norte da Europa, agora a economia britânica apresenta um crescimento de 0,8% no terceiro trimestre desse ano, em relação ao trimestre anterior.Surpreendeu os analistas que estam com uma previsão consensual de uma alta de, no máximo, 0,4% no período.
Em comparação aos nove primeiros meses de 2009, a expansão do PIB foi de 2,8%, número esse que representa o maior crescimento, em base anual, desde o terceiro trimestre de 2007. As expectativas giravam em torno de 2,4%.
Isso significa que o país goza de uma situação mais propícia para absorver os cortes das despesas públicas programados.
As maiores contribuições vieram da construção, que avançou 4% ante o trimestre anterior, e do setor financeiro, que teve alta de 0,5%. O setor de serviços e o setor industrial avançaram 0,6% no trimestre. Foi um desempenho muito interessante, sobretudo quando se imagina o crescimento do setor de contrução que, necessariamente, implica imobilização de recursos líquidos ou comprometimento de renda futura.
Ainda não está muito clara causa desse crescimento muito superior às expectativas gerais. Entretanto, isso pode significar um novo alento para economia de toda a região e induzir o processo de redução, ainda que leve, das taxas de desemprego britânicas.
Por fim, vale acentuar que, da Alemanha, também chegam boas notícias.As encomendas à indústria na zona euro ultrapassaram as expectativas em Agosto. Os dados publicados pelo Eurostat fazem pensar em um crescimento anual como também não se poderia prever. Em relação ao mês de Julho, o crescimento das encomendas à indústria foi de 5,3%. Anualizado, esse ritmo de crescimento foi de 24,4%. Os analistas apontavam para um crescimento de 17,7% para as ecomendas à indústria.
Acho que podemos rever, em alguma medida, nossas expectativas sobre a recuperação européia.
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