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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mistura explosiva

Mercado de alta octanagem pode incendiar-se
O problema foi mesmo a mistura. De um lado, a desvalorização do dólar americano. De outro, a greve fancesa. Essa combinação provoca maiores dificuldades às economias européias, sobretudo às mais endividadas. Energia e moeda mais caras é tudo o que a Europa não precisa.
Ainda pela manhã da sessão de ontem, nos mercadeo europeus, os preços do petróleo aumentavam sustentados pela alta do dólar frente ao euro. Os ativos denominados em dólares ficavam mais atraentes para os investidores. No mercado nova-iorquino, o barril WTI avançava 1,77%, alcançando US$ 82,69. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações européias, batiam US$ 83,90 dólares o barril, com alta de 1,76%.
A greve das refinarias na França e o bloqueio de estradas pelos camioneiros franceses deram maior fôlego às cotações da commodities. Os preços foram subindo durante toda a sessão. No final da sessão as altas chegaram ao seu máximo de 2,25% e 2,33%, respctivamente.
Os protestos na França foram motivados pela proposta do presidente Sarkozy de estender para 62 anos a idade de aposentadoria.

As greves e bloqueios de estradas já deixaram mais de 15%, dos 12.000 postos de abastecimento franceses, sem gasolina e outros tipos de combustível.
A população francesa, como de costume, não vai "baixar a bola" e o governo ameaça com o uso da força. Enquanto isso o inverno se aproxima e o consumo de energia deve aumentar. 

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