Aumento do IOF parece não ter tido relevância
O aumento do IOF ainda não produziu efeitos. A preocupação mais evidente é a de descobrir se fará algum efeito no curto prazo. Afinal o Ibovespa subiu mais 1,28%, raspando os R$ 8,5 bilhões de volume financeiro no dia de ontem. Fechou aos 71.283 pontos.Enquanto isso, o dólar perdia valor em relação ao real. Encerou cotado a nível muito baixo e perdendo 1,24 em relação à sessão anterior. Agora US$1,00 custa apenas R$ 1,67. A alíquota de IOF sobre o ingresso de capitais estrangeiros para a compra de títulos de renda fixa é de 4%, o dobro da cobrada até sexta-feira passada. Parece até que a aplicação continua atrativa ou que esse negócio de entrada de capitais para arbitrar a moeda nacional é balela descabida. Acho que não e que a medida fará efeito ainda no curto prazo. Entretanto, como dissemos, ela deveria ser acompanhada de outras medidas macroeconômicas, como por exemplo, o contingenciamento do crédito, redução dos juros básicos e correção das contas públicas. Isso tomaria, de qualquer forma, um tempo razoável e as autoridades monetárias sabem disso. Portanto, a próxima medida terá que dirigir-se ao mercado futuro de câmbio, complementando a alta de IOF. Também podemos, para breve, operar por mais essa intervenção nesse mercado que, dessa vez, virá via Banco Central.
Veja o que fez o BAnk of Japan. Cortou a taxa de juros de 0,1% para 0,0%., como medida para tentar conter a valorização do iene. A medida agradou aos investidores e o índice Nikkei reagiu.
Na Europa vamos vivendo a valorização do euro e indicadores sempre abaixo das expectativas do mercado. Tudo também está sinalizando para uma recuperação mais lenta, como nos Estado Unidos. O índice de gerentes de compra caiu para 54,1 pontos no mês de setembro. No varejo europeu também as vendas frustraram as expectativas dos analistas, crescendo modestos 0,6%, enquanto o esperado era um crescimento de 1,3%. Menos da metade.
Esse baixo crescimento europeu sugere que os governos da região acompanhem o Japão e adotem medidas para a desvalorização da moeda européia em relação ao dólar. Talvez nosso ministro Mantega tenha razão e estejamos assistindo irromper a 1a. Guerra Cambial do século XXI.
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