A briga começa hoje, em Seul. Há quem diga que a "turma do deixa disso" é quem vai levar.
A Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, está convencida de que o euro continua vulnerável, embora esteja, ainda que sendo protegido pela rede de segurança da zona do euro.Por essa razão manifesta sua oposição a uma “simples extensão” do plano de resgate pactuado entre os líderes europeus, em maio desse ano. Os temores em relação à economia de alguns países periféricos da região não se dissiparam. Portugal encaminha, ainda de forma lenta, sua reforma fiscal. A Grécia avança, mas dificilmente conseguirá em três ou quatro anos recuperar-se da situação falimentar em que se encontra. A Itália tem muito a caminhar.
O plano de resgate envolveu 750 bilhões de euros e contou com a colaboração do FMI e do BCE. Deve expirar-se em meados de 2013. Merkel opõe-se a sua mera extensão e advertiu para os riscos de protecionismo que o plano poderia provocar, perpetuando as mazelas na administração pública desses países e a perpetuação de sua baixa competitividade. Identificou esses elementos como centrais para a atual crise cambial do euro.
Sobre o câmbio, a chanceler expressou o apoio da Alemanha à iniciativa francesa de levar as questões pertinentes ao tipo de câmbio das divisas para a próxima reunião do G-20 em Seul, nesse final de semana.
Merkel pede o início das estratégias de retirada dos subsídios concedidos durante a crise aos países europeus.
Fica nítida a divergência sobre o entendimento de como resolver os problemas do câmbio. A Chanceler alemã quer resolver essa questão, a partir de soluções internas às economias européias. Primeiro, sua solução prevê uma boa lição de casa, que ela acha não está sendo feita. No Brasil as questões fiscais estão sendo adiadas ao limite do insuportável e não há esforços em contornar os problemas do crescimento excessivo pela redução do crédito desmedido.
No fundo, os entendimentos divergentes, decorrem da disposição de encaminhar soluções, mesmo que isso custe alguns pontos nos índices de popularidade, cá e lá.
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