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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Políticas cambiais e fiscais precisam ser integradas

Corrigir as contas públicas passa a ser prioridade para os ajustes
cambiais requeridos
As metas para o superávit primário, de janeiro a agosto, não foram cumpridas. O Governo da República Brasileira, compreendendo o Banco Central, o Tesouro Nacional e a Previdência alcançaram, juntos, R$29,7 bilhões, o que corresponde a 1,20% do Produto Interno Bruto. Inicialmente a meta foi fixada em R$ 40 bilhões, posteriormente, foi reduzida para R$ 30,0 bilhões e, nem assim, o governo deu conta completa do recado, ficando R$ 300 milhões abaixo da meta já reduzida.Recorreu ao PAC como solução para fechar suas contas.
Para o resultado acumulado até agosto, O Tesouro Nacional apresentou um saldo positivo de R% 60,7 bilhões, enquanto a Previdência, como tradicionalmente ocorre, apresentou-se com um saldo negativo de R$ 30,6 bilhões e o Banco Central,concorreu com déficit de R$ 417 milhões. Fica evidente a urgência da reforma previdenciária.
Veja como estava pensado, inicialmente, o Brasil e o seu déficit:

O mais grave é que em 2010 o aumento do dispêndio do governo já ultrapassou o valor do mesmo período de 2009, quando o país vivia a política anticíclica para combater a crise internacional que, naturalmente, obrigava a dispêndios bastante agressivos, com o intuito de estimular a economia brasileira e blindá-la contra os efeitos recessivos internacionais. A crise acabou e o governo continuou gastando. Elevou em mais 17,2% o dispêndio total. Só com pessoal, as despesas cresceram 9,1%.
Nas últimas semanas, o câmbio entrou na moda. Passou a frequentar as principais colunas de economia de todos os noticiários econômicos. A solução final desse problema, segundo os especialistas, passaria pela revisão das contas públicas e por sérios acertos fiscais. O desalento, então, começou a tomar conta do país. Já há quem resignadamente recomende aos agentes econômicos acostumar-se com o real forte, pois ninguém crê mais em uma política de contenção de gastos.
Veja como, posteirormente, ficou pensado o país:

Pessoalmente, não me agradaria ver reduzido o valor planejado para os investimentos do PAC. Também não me parece razoável manter um nível tão baixo de poupança pública e privada. Gostaria de cogitar sobre a possibilidade de o sistema financeiro privado desenvolver uma alternativa de investimentos a partir de títulos com vencimentos a prazos mais longos, que possam dar abrigo a investimentos por pessoas físicas e jurídicas, com rendimentos mais atraentes. Ao sistema financeiro privado está reservada a função de se constituir em forma alternativa à formação da poupança nacional. Quanto ao setor público, francamente, renovo meu otimismo. Há que se produzir cortes de custeio e aprofundar nossas reformas no plano fiscal. Estamos com a oportunidade, dada a mudança de governo, de revermos os aspectos administrativos do país, reduzindo o número de instituições governamentais, seja para evitar duplicidade de função, seja para ampliar a racionalização de seus processos, seja, ainda, para aprofundar a política de privatizações. Há mesmo um amplo espaço a caminhar. A reforma do d funcionalismo também precisa ser aprofundada, bem como será necessário proceder a novos e profundos avanços no sistema previdenciário nacional. Essas mini reformas trariam eficiência à economia e permitiriam melhores condições para as praticas cambiais brasileiras.

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