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domingo, 29 de agosto de 2010

A semana promete novas emoções

O que esperar para essa semana
No Brasil, dois fatos que devem dominar as atenções do mercado. O PIB brasileiro referente ao 2T10, que permitirá conhecer o ritmo atual do crescimento da economia nacional. O consenso do mercado diz que esse indicador deverá apresentar um crescimento mais lento que o do 1T10, evidenciando a acomodação da economia e a redução das pressões inflacionárias. Tudo deverá ser atribuído aos aumentos providenciados para a Selic, pelo Banco Central. O crescimento industrial, em queda no mesmo período, já prenunciava esses fatos e lançou novas dúvidas e preocupações que já foram discutidas nesse blog. Sexta-feira, ao apagar das luzes da semana, sai o reltório de empregos nos Estados Unidos. Esses dados são muito esperados. A expectativa não é boa, mas o setor privado pode surpreender com a abertura de um bom número de vagas.
O segundo fato a polarizar as atenções está associado às esperadas decisões do Conselho de Política Monetária - COPOM. Alguns esperam pequenas altas, outros concordam com uma ação mais prudente do Banco Central. Esperam para 3ª ou 4ª feira, o anúncio da manutenção da taxa nos atual patamar. Pessoalmente deixo o alerta que a 1ª parcela do 13º salário deverá por para circular mais R$ 9 bilhões de reais. Isso quer dizer que a inflação tenderá a recrudescer.
O dólar permanece como a grande incógnita da equação financeira da semana. Subindo os juros ou os mantendo no patamar atual, o capital estrangeiro continuará altamente atraído, expondo a moeda nacional a novas valorizações. Decidida a capitalização da Petrobrás, essa tendência de valorização da moeda nacional tenderá a agravar-se e o Ibovespa pode subir. A cessão onerosa deve estabelecer o preço do barril de petróleo a US$ 8,00.
Mas tudo dependerá, em alguma medida, do mercado externo.
O fato mais relevante será a ata do FOMC - Federal Open Market Comittee, na terça-feira. O desempenho negativo do setor imobiliário de julho produziu um impacto muito negativo nas bolsas de todo o mundo. O PIB dos Estados Unidos estimado para o 2T10 e a fala do Presidente do FED promoveram uma reação considerável nos mercados. Teme-se, entretanto, que não sejam suficientes para sustentar o otimismo dos investidores. Esperam-se por medidas concretas que aumentem o nível da atividade econômica e do consumo das pessoas e das famílias norte-americanas.
Ásia e Europa protagonizam papéis animadores. A Ásia pelo seu tamanho e a Europa pela aceleração de seus PIB’s nacionais. Tudo a conferir.

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