O Brasil na visão do
Ministério da Fazenda
O PIB de 2010 terá crescimento de 6,5%. Na média deverá crescer, por ano, 5,7%, até 2014. Duas forças darão suporte a esse crescimento: o nível de investimento e o continuado aumento do consumo da familiar.
1) A taxa de investimento federal (União e suas estatais) deve situar-se em torno 5% do PIB, em 2010. No primeiro semestre, a União investiu s R$ 19,2 bi e as estatais, R$ 31,9 bi. Em valor real, R$ 51,2 bi. Não há o que negar. Foi um investimento como não se fazia desde muitos anos.2) O consumo familiar terá seu crescimento explicado por três fatores:
- distribuição da renda: o poder de compra das classes sociais de menos favorecidas evolui de forma consistente, desde 2002. Isso decorreu, segundo o MF, do aumento do salário mínimo, do controle da inflação, da geração de empregos e dos programas sociais e assistenciais.
- O crédito total fechou o primeiro semestre do ano com de R$ 1,5 trilhões, equivalente a 45,7% do PIB. Os bancos públicos foram, durante a crise internacional, os financiadores de empresas e pessoas físicas. Disponibilizaram do crédito enquanto o sistema financeiro privado se retraia.
- aumento na oferta de emprego e nos salários reais.
3) A inflação para o ano foi projetada utilizando-se o IPCA. Para o MF, deve fechar próximo a 5%. A justificativa é a de que “com o fim dos estímulos fiscais e monetários, das chuvas e dos ajustes sazonais em educação, saúde e transporte público, o IPCA volta a uma trajetória compatível com o atual nível de crescimento da economia.” Acho que o MF esqueceu-se do câmbio e dpersistirão durante todo o ano em função da demanda mais forte e do próprio crescimento econômico. Aqui, o MF não convenceu.
4) Na política fiscal, o governo expandiu as receitas e desacelerou as despesas. Ao final desse anos, serão doze anos de superávit acima de 2%. O resultado fiscal bom resultado fiscal permitirá reduzir o déficit nominal e a dívida pública mantendo a inflação sobre controle. O déficit nominal zero será alcançado a partir de 2014, considerando o nível atual de superávit primário (3,3% do PIB). A trajetória da Dívida Líquida Pública do Setor Público é de queda, acumulando redução de 18,5 pontos percentuais do PIB desde dezembro de 2001. A poupança, depois de anos negativa, abaixo de 2% do PIB, tornou-se positiva em 2008 (0,2% do PIB) e neste ano será superior a 0,7% do PIB.
5) Resultados das contas internacionais foram minimizados para não empanar o brilho de tantas realizações no plano econômico. Aqui o MF também ficou a dever.
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