Aproxima-se uma nova encruzilhada para as decisões macroeconômicas
O Ibovespa fechou em 66.677 pontos. O dólar valorizou-se um pouco e fechou a semana em R$ 1,7590/ US$ 1,00. Não está mau. Considerando a redução do crescimento chinês, principal motor da economia mundial depois da desaceleração da recuperação norte-americana, o mercado brasileiro continua firme. O IPCA-15 aponta deflação de 0,05% nesse mês de agosto. Essa deflação reflete as altas das taxas de juros, hoje despropositadamente alta, com seus efeitos cruéis sobre os investimentos nacionais.Entretanto, não se deve alimentar espectativas falsas. A demanda continua muito forte, obrigando as empresas a operar próximo aos níveis de suas capacidades instaladas. Portanto, podemos esperar por pressões inflacionárias vindas de, pelo menos, três vertentes diferentes: infra-estrutura exaurida, escassez de mão de obra qualificada, excesso de oferta de crédito. Isso quer dizer que estamos muito perto da exaustão dos intrumentos de política monetária. Para o bem e para o mau, teremos que começar a pensar em correção dos elementos da política fiscal. A taxa de câmbio, por sua vez, também já deu o que tinha que dar, em termos de combate à inflação.
Essas últimas marcam o encontro do Brasil com sua realidade. Já reconhecemos todas essas dificuldades e já conhecemos as soluções. Ao próximo governo caberá decidir se vamos implementá-las ou se vamos passar ao largo delas, para atender objetivos políticos de partidos ou interesses econômicos de grupos privados. É hora de decidir.
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