Gerir em outros países requer inserção
na cultura local
O inimaginável acontece nas relações de trabalho, quando culturas diferentes se aproximam. A 8ª Vara do Trabalho de Campinas proferiu liminar contra a coreana Samsung, impedindo-a de praticar assédio moral contra seus funcionários.Foram constatados pelo Ministério Público do Trabalho abusos praticados pela chefia na unidade de Campinas.
As chefias da fábrica coreana “tratavam os empregados de forma humilhante e vexatória, por meio de conduta desrespeitosa e agressiva.”
Foi constada a ocorrência de problemas de saúde, depressão, estresse e síndrome do pânico, tudo em decorrência de humilhações impostas pelos superiores.Campinas dista 90 km da Capital.
"Os procuradores fizeram diligência na empresa e tomaram depoimentos no local. Na oportunidade, o MPT constatou a forte pressão exercida sobre os trabalhadores para o alcance das metas de produção, com a afixação de placas e painéis por toda a fábrica".
Com a liminar, a Justiça do Trabalho determina que a Samsung deixe de utilizar meios de punição. Se descumprir as determinações, a empresa pagará multa de R$ 10 mil por trabalhador que for vítima de assédio.
No mérito, a Promotoria pede o comprometimento da Samsung em estimular o respeito mútuo entre superiores e subordinados, no sentido de promover ações internas que coíbam o assédio moral, além da condenação por danos morais coletivos no valor de R$ 20 milhões.
Inimaginável, sem dúvida. O comportamento do gerente coreano tem origem na sua cultura de fazer negócios. Em seu país de origem as práticas podem não causar estranheza. Em outros locais, são repudiadas com firmeza. A par do horror que nos causa, fica a questão: o supervisor brasileiro teria sucesso se fosse gerir a produção da Samsung, na Coréia? Espero por comentários.
Conheça as propostas do presidente da Samsung sobre qualidade de vida em seu discurso de posse, no endereço:
http://www.mktmais.com/2010/01/samsung-infotenimento-qualidade-de-vida.html
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