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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Medidas do Banco Central não estão sendo bem recebidas


Dúvidas e ressalvas se multiplicam
por todo país
A mudança de governo aumentou a imprevisibilidade do ambiente econômico futuro. Dúvidas e ressalvas são as formas verbais que as incertezas têm assumido, dificultando o planejamento para 2011 e as decisões relativas a investimentos.
O novo governo anuncia o melhor dos mundos: corte de gastos, mesmo envolvendo a redução dos investimentos, quedas na Selic e crescimento econômico sustentável. O lema anunciado para esse novo governo poderia ser: “Vôos de galinha, nunca mais”.
E começou mais cedo que se poderia esperar. Ao invés de subir a Selic, contingenciou-se o crédito. Primeiro, na exigência de pagamento de parte das dívidas dos cartões de crédito e, agora, atingindo prazos e volumes dos créditos ao consumo, poupados disso os créditos imobiliários, rurais e para veículos de cargas. Internamente o mercado é reticente.
Entretanto, veja como se pensa lá fora. O indicador de risco-País encerrou a última sessão da semana passada em forte queda. Foram 12 pontos-base, alcançando 168 pontos. Nem o Relatório de Emprego de novembro dos EUA, nem a falta de entusiasmo do Livro Bege afetaram a disposição dos investidores em relação ao país. O Global 40 subiu 0,55% e, no final do pregão, estava cotado a 137,30 centavos de dólar.
Parece mesmo é que as medidas do Bacen foram muito bem recebidas lá fora e que afastaram temores e dúvidas sobre o comportamento monetário brasileiro.
Entenderam que os encargos sobre a dívida pública ficarão mais leves, se a taxa básica de juros não subir. Claro que os juros pagos pelos consumidores vão subir, mas essa era a intenção da medida para reduzir o consumo e a inflação.
Alguém poderia imaginar que o Banco Central não fosse capaz de prever esses efeitos?
Coisas de cabeças desarrumadas. O Banco Central buscava por isso e o mercado internacional entendeu, reduzindo o risco-país.

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