Bancos, um ambiente para gigantes
Tempos atrás ouvi, da boca de pessoa que não gostaria de lembrar,
um ensinamento, sólido, verdadeiro e cínico. Referia-se, naturalmente, a uma
aquisição que fazia, àquela epoca, de player de
menor porte: “em mar de transatlântico, jangada não navega”.
Entre os pequenos e médios bancos, a grande dificuldade é a
liquidez. Para eles, a disponibilização de fundings
é sempre menor e os custos, sempre maiores. Portanto, as expansões esperadas são sempre inferiores
àquelas apresentadas pelos seus concorrentes de maior porte.
No mercado
conhecido por middle-market, os melhores resultados devem estar associados ao ABC Brasil, BICBanco, Pine, Daycoval
e ao Sofisa. Os bancos pequenos, voltados às pessoas físicas, como o
Cruzeiro de Sul e Paraná, virão com resultados muito pressionados pela ação intensiva dos grandes
bancos nos segmentos de suas atuações. Bancos menores, envolvidos intensivamente com créditos consignados serão
os mais penalizados. A inadimplência continuará rondando seus resultados.
Os mais voltados às pessoas físicas apresentarão maior deterioração da
qualidade de suas carteiras de crédito e serão obrigados a provisões mais
altas, comprometendo de maneira mais forte seus lucros finais.
Os custos de captação estarão em
crescimento e exigirão novos apoios da autoridade monetária, bem como novos
esforços de redução do custos operacionais de todos os bancos médios e pequenos.
Começa a ficar cada vez mais difícil a
sobrevivência nesse setor e, cada vez mais, parece claro a necessidade de
movimentos de fusões ou, ainda, de aquisições nesse setor.
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