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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A dura vida dos bancos menores

Bancos, um ambiente para gigantes
Tempos atrás ouvi, da boca de pessoa que não gostaria de lembrar, um ensinamento, sólido, verdadeiro e cínico. Referia-se, naturalmente, a uma aquisição que fazia, àquela epoca, de player de menor porte: “em mar de transatlântico, jangada não  navega”.
Entre os pequenos e médios bancos, a grande dificuldade é a liquidez. Para eles, a disponibilização de fundings é sempre menor e os custos, sempre maiores. Portanto, as expansões esperadas são sempre inferiores àquelas apresentadas pelos seus concorrentes de maior porte.
No mercado conhecido por middle-market, os melhores resultados devem estar associados ao ABC Brasil, BICBanco, Pine,  Daycoval e ao Sofisa. Os bancos pequenos, voltados às pessoas físicas, como o Cruzeiro de Sul e Paraná, virão com resultados muito pressionados pela ação intensiva dos grandes bancos nos segmentos de suas atuações. Bancos menores, envolvidos intensivamente com créditos consignados serão os mais penalizados. A inadimplência continuará rondando seus resultados. Os mais voltados às pessoas físicas apresentarão maior deterioração da qualidade de suas carteiras de crédito e serão obrigados a provisões mais altas, comprometendo de maneira mais forte seus lucros finais.
Os custos de captação estarão em crescimento e exigirão novos apoios da autoridade monetária, bem como novos esforços de redução do custos operacionais de todos os bancos médios e pequenos.
Começa a ficar cada vez mais difícil a sobrevivência nesse setor e, cada vez mais, parece claro a necessidade de movimentos de fusões ou, ainda, de aquisições nesse setor.

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