Seria uma catástrofe, se o acordo
não fosse alcançado
Foram 13 horas de reunião. Ao final, em plena madrugada, anunciou-se a aprovação,
pelos ministros da Zona do Euro, do novo pacote de ajuda à Grécia, no valor de €
130 bilhões.
Não aprová-lo teria conseqüências imprevisíveis, mas a
aprovação foi apenas um grande teste para toda a região. Não significa que tudo
tenha se resolvido. Mas, que alcançou-se um encaminhamento, sem volta.
O objetivo do novo plano de ajuda à Grécia é fazer com que a
relação dívida/PIB do país alcance 120%, até 2020. É de estarrecer, pois em 2020, a Grécia ainda exibirá uma
relação economicamente absurda entre sua dívida e sua geração de riqueza.
Para a Islândia foram necessários apenas 4 anos de um
trabalho árduo para o país voltar a ser confiável.
No caso grego, as coisas são bem mais graves. Para tornar
factível o objetivo de 2020, foi necessário que os credores concordassem com
deságio, sobre o valor de face de seu títulos, de quase 55% da dívida. Ou seja,
pagando os quase 45 restantes, a relação de endividamento continuará
insustentável. E isso, em 2020.
Sensato é pensar que o dique econômico resistiu. Não
estourou, evitando um alagamento que afogaria a todos.
A União Europeia, resiliente como é, volta a se reunir. Agora
para definir a adoção de um documento que determine aos 27 integrantes do bloco
a intensificação dos cuidados sobre seus sistemas financeiros.
O mundo pode comemorar o início de mais um “Renascimento” na
história européia.
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