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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Lição da diplomacia contemporânea

Seria uma catástrofe, se o acordo
não fosse alcançado
Foram 13 horas de reunião. Ao final, em plena madrugada, anunciou-se a aprovação, pelos ministros da Zona do Euro, do novo pacote de ajuda à Grécia, no valor de € 130 bilhões.
Não aprová-lo teria conseqüências imprevisíveis, mas a aprovação foi apenas um grande teste para toda a região. Não significa que tudo tenha se resolvido. Mas, que alcançou-se um encaminhamento, sem volta.
O objetivo do novo plano de ajuda à Grécia é fazer com que a relação dívida/PIB do país alcance 120%, até 2020. É de estarrecer, pois em 2020, a Grécia ainda exibirá uma relação economicamente absurda entre sua dívida e sua geração de riqueza.
Para a Islândia foram necessários apenas 4 anos de um trabalho árduo para o país voltar a ser confiável.
No caso grego, as coisas são bem mais graves. Para tornar factível o objetivo de 2020, foi necessário que os credores concordassem com deságio, sobre o valor de face de seu títulos, de quase 55% da dívida. Ou seja, pagando os quase 45 restantes, a relação de endividamento continuará insustentável. E isso, em 2020.
Sensato é pensar que o dique econômico resistiu. Não estourou, evitando um alagamento que afogaria a todos.
A União Europeia, resiliente como é, volta a se reunir. Agora para definir a adoção de um documento que determine aos 27 integrantes do bloco a intensificação dos cuidados sobre seus sistemas financeiros.
O mundo pode comemorar o início de mais um “Renascimento” na história européia.

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