Monitorando o curto prazo. Mas,
pensando no longo.
O resultado financeiro da Petrobras foi
decepcionante. A cotação do dólar e o aumento das despesas operacionais e
administrativas explicam o mau desempenho da empresa, divulgado ontem.
Somado a isso, o noticiário sobre o recuo nas negociações do acordo grego, bastou para que o Ibovespa
apresentasse queda, na sessão de 6a feira, de 2,34%, descendo aos 63.997 pontos. A queda na semana foi
de 1,87%, depois de 4 semanas em alta. O giro financeiro no último dia da semana foi
de R$9, bilhões.
O dólar reagiu frente ao real. Subiu no
último dia da semana 0,41%, encerrando cotado a R$1,72. A alta é apenas um reflexo do
retrocesso nas negociações do pacote de austeridade da Grécia.
O IPCA de janeiro ficou um pouco acima
do de dezembro. Fechou janeiro em 0,56%, contra 0,50% em dezembro. Tomado os últimos
12 meses, o IPCA tem alta de 6,22%, reforçando sua tendência em caminhar de volta
ao centro da meta fixado para inflação.
Inflação e crescimento costumam andar
de mãos dadas. Assim que o país voltar a crescer, é de se esperar pelo
recrudescimento inflacionário, testando a sustentabilidade dessa nova política
de abrandamento monetário. Ver para crer.
A folha de pagamento real da indústria caiu 2,1%
em dezembro face ao mês anterior. Em 2011, o aumento foi de 4,2%. No ano de
2010 havia subido 6,8%. Definitivamente, a indústria no Brasil
vai mal.
Em fevereiro, IPC-Fipe da primeira quadrissemana desacelerou
para 0,42%, comparado aos 0,66% do mês de janeiro. Essa tendência
precisa acentuar-se para favorecer o alcance da meta inflacionária, tendo em vista um
possível agravamento dos preços no segundo semestre do ano.
O Índice de Confiança da Construção, segundo a sondagem da
FGV, recuou 8,7%. Não é para menos. Já se começou a falar novamente em bolha imobiliária.
O IBGE informou que a safra
brasileira de grãos em 2012 deve ser 0,7% menor do que a safra de 2011. Fenômenos
climáticos comprometeram o aumento da produção nacional. Isso não ajuda na política de combate à inflação.
O indicador de
inadimplência da SERASA, para o consumidor, mostra recuo de 0,4% em janeiro, face ao mês anterior. A SERASA atribui o resultado ao 13º salário e
à queda da Selic. Na comparação, entretanto, o indicador anual cresceu 16,6%. São as armadilhas do
crescimento. O governo precisará monitorar de perto o endividamento das pessoas
físicas e o nível de sua inadimplência. Ambos parecem elevados para um ano de
ajustes como esse.
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