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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A volta dos capitais estrangeiros

Tudo começou na semana passada
Em termos de IED já atingimos U$ 66 bilhões, nesse ano de 2012. Entretanto, o capital estrangeiro para aplicações financeiras no Brasil havia nos deixado em função do agravamento da situação internacional, das intervenções excessivas do governo no mundo da economia e das finanças.
Eis que na semana passada, inicia-se uma entrada, não esperada, de recursos provindos de fundos especializados em América Latina. Os maiores beneficiados foram o México e o Brasil, dadas as dimensões dessas duas economias e da manutenção relativa de bons fundamentos econômicos.
Segundo a consultoria EPFR Global, os fundos da região registraram entrada líquida de US$ 503 milhões na semana encerrada no dia 17, com os fundos do Brasil e do México apresentando fluxos de US$ 372 milhões e US$ 131 milhões, respectivamente.
A BM&FBovespa, por meio de seu Boletim, apontou que até o dia 17 de outubro, o saldo acumulado de capitais externos estava positivo em R$ 879,2 milhões.
Claro que a continuidade desse episódio depende, em grande parte, do cenário internacional, que ainda espera por decisões que aprofundem a qualidade do sistema bancário europeu e que aponte para soluções fiscais mais completas, com controles centrais mais fortes.
Há mesmo no mercado financeiro brasileiro uma grande esperança sobre o desempenho da BM&FBovespa e que começou no início de 2o semestre do ano. Entretanto, com a velocidade de crescimento de nossa economia, esse otimismo pode se desfazer. É o caso do Boletim Focus, dessa semana, cujas previsões reduzem o PIB brasileiro para o final de 2012, estima o preço do dólar em 2,00% e alerta para o crescimento da inflação, medida pelo IPC.

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