Administrar organismos internacionais testa a paciência de qualquer um. Lagarde que o diga.
A diretora do FMI,do FMI, Christine Lagarde, veio a público em conferência de imprensa, antes das reuniões do FMI-2012, em Tóquio,para dizer que muitas das decisões corretas foram tomadas para garantir a recuperação global, mas acrescentou que essas decisões precisam ser implementadas.Esse é o ponto. Na medida em que os governantes vacilam para pô-las em prática, as incertezas crescem e imobilizam a desejada recuperação mundial. Deu nome ao que mais lhe pareceu faltar: cooperação. Insinuou que o imobilismo dos desenvolvidos cria espaço para o aparecimento de novos participantes na cena internacional. Não mencionou quem seriam os novos entrantes, mas da maneira que falou, parecia ameaçar os atuais atores.
Solicitou medidas dos governantes dos grande países do ocidente:• A Europa é o epicentro da crise. São urgentes decisões concretas sobre o reforço da disciplina fiscal e sobre a supervisão bancária europeia.
• Os Estados Unidos enfrentam grandes riscos relacionados ao seu precipício fiscal. Como o fim do ano se aproxima, os riscos são cada vez mais ameaçadores.
• Os mercados emergentes devem manter uma estreita vigilância sobre sua vulnerabilidades internas e externas.
• países de baixa renda permanecem mais vulneráveis em relação ao altos preços dos alimentos e correm riscos de ampliar pobreza de suas populações.
Lagarde insiste em quatro áreas fundamentais para ancorar a recuperação global.
1) Reforma completa do setor financeiro no mundo.
2) Reduzir o alto endividamento dos países desenvolvidos.
3) Combater o desemprego pela criação de novas vagas de trabalho.
4) Reduzir os desequilíbrios globais.
A receita não é nova, nem original. Mas é irritante observar o imobilismo dos governantes diante da dimensão do problema social criado pela crise no mundo.
A diretora do FMI deu um belíssimo puxão de oreilha nos líderes europeus e norte-americanos.
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