Política
cambial é coisa de quem
tem objetivos macroeconômico
Prometi
discutir uma alternativa cambial diferente do modelo suíço que estabeleceu um
limite de mínimo, abaixo do qual a moeda suíça não se valorizaria. Promessa é
dívida, portanto vamos arriscar essa proposta nova.
De forma
simplificada, os passos seriam os seguintes:
1) Formular política
macroeconômica, com objetivos de longo prazo para o país.
2)
Definir setores estratégicos que dariam sustentação aos objetivos macroeconômicos.
3)
Formular
de políticas industriais funcionais (horizontais) e seletivas (verticais).
4)
Redefinir políticas
de comércio exterior, voltadas à agregação de valor aos produtos exportados.
5)
Elaborar políticas
tecnológicas promotoras da modernização
e da competitividade do parque industrial brasileiro.
6) Estabelecer políticas de
educação para atendimento das necessidades produtivas do país e que
substancie política de renda distributivista e inclusiva dos segmentos
inabilitados ao trabalho.
Definida
a política macroeconômica, seus objetivos passam a ser os elementos centrais, em
torno dos quais todas as demais políticas públicas devam ser integradas.
O
quadro de ações, planejado a partir dessa dessas políticas promoverão:
a) reestruturação do
padrão de comércio.
b) aumento da
intensidade tecnológica dos produtos nacionais exportados.
c) ampliação do
percentual de participação desses produtos na pauta de exportação.
d) maior dinamismo
econômico ao desenvolvimento nacional.
A realização de tudo isso imporá ao país um amplo e agressivo programa de
importações de máquinas, equipamentos, instalações especiais, matérias primas,
materiais secundários, partes, peças e de tecnologias variadas. Tudo com o sentido de
modernizar a produção nacional e dar a ela a maior produtividade e, por via de consequência, a maior competitividade possível. Esse programa de impotações pedirá a eleição alguns países parceiros e precisam ser
acompanhadas de amplo programa de financiamento, contemplando o longo prazo e taxas reduzidas de juros, com uma carência expressiva para iniciar o
período de pagamento do principal.
Ao
empresário caberá o aporte de recursos próprios, como contrapartida ao incentivo
oficial e a aceitação de metas com que deva se comprometer em prazos pré-definidos.
Com isso, descaracteriza-se qualquer possiblidade de formação de novos
cartórios ou de atendimento a interesses pessoais e de grupos privados.
Esse
programa deve ter o ritmo necessário a remeter o excesso de dólares que estarão
entrando na economia, pela atratividade do mercado brasileiro e pela execução
dos programas das privatizações necessários aos ganhos de eficiência da máquina
pública e à redução do tamanho do estado brasileiro.
Só um
programa de importações massivas, calibrado e em sintonia fina com o influxo de
capitais estrangeiros, sejam especulativos ou não, poderá levar a moeda
nacional a beneficiar os produtores locais com uma taxa almejada na casa dos
R$2,50 por dólar.
Claro
que as importações levarão à saídas massivas de divisas, mas para evitar a redução
das reservas, haveria que se dar ritmos homólogos à saída e às entradas dos
capitais estrangeiros.
O
controle da inflação seria reconduzido à situação de prioridade do Banco
Central e ele, com suas políticas monetárias, ficaria incumbido de ser o
guardião do valor real de nossa moeda. Que tal?
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