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sábado, 20 de outubro de 2012

Promessa é dívida

Política cambial é coisa de quem
tem objetivos macroeconômico
Prometi discutir uma alternativa cambial diferente do modelo suíço que estabeleceu um limite de mínimo, abaixo do qual a moeda suíça não se valorizaria. Promessa é dívida, portanto vamos arriscar essa proposta nova.
De forma simplificada, os passos seriam os seguintes:
1) Formular política macroeconômica, com objetivos de longo prazo para o país.
2) Definir setores estratégicos que dariam sustentação aos objetivos macroeconômicos.
3) Formular de políticas industriais funcionais (horizontais) e seletivas (verticais).
4) Redefinir políticas de comércio exterior, voltadas à agregação de valor aos produtos exportados.
5) Elaborar políticas tecnológicas promotoras  da modernização e da competitividade do parque industrial brasileiro.
6) Estabelecer políticas de educação para atendimento das necessidades produtivas do país e que substancie política de renda distributivista e inclusiva dos segmentos inabilitados ao trabalho.
Definida a política macroeconômica, seus objetivos passam a ser os elementos centrais, em torno dos quais todas as demais políticas públicas devam ser integradas.
O quadro de ações, planejado a partir dessa dessas políticas promoverão:
a)  reestruturação do padrão de comércio.
b) aumento da intensidade tecnológica dos produtos nacionais exportados.
c)  ampliação do percentual de participação desses produtos na pauta de exportação.
d) maior dinamismo econômico ao desenvolvimento nacional.
A realização de tudo isso imporá ao país um amplo e agressivo programa de importações de máquinas, equipamentos, instalações  especiais, matérias primas, materiais secundários, partes, peças e de tecnologias variadas. Tudo com o sentido de modernizar a produção nacional e dar a ela a maior produtividade e, por via de consequência, a maior competitividade possível. Esse programa de impotações pedirá a eleição alguns países parceiros e precisam ser acompanhadas de amplo programa de financiamento, contemplando o longo prazo e taxas reduzidas de juros, com  uma carência expressiva para iniciar o período de pagamento do principal.
Ao empresário caberá o aporte de recursos próprios, como contrapartida ao incentivo oficial e a aceitação de metas com que deva se comprometer em prazos pré-definidos. Com isso, descaracteriza-se qualquer possiblidade de formação de novos cartórios ou de atendimento a interesses pessoais e de grupos privados.
Esse programa deve ter o ritmo necessário a remeter o excesso de dólares que estarão entrando na economia, pela atratividade do mercado brasileiro e pela execução dos programas das privatizações necessários aos ganhos de eficiência da máquina pública e à redução do tamanho do estado brasileiro.
Só um programa de importações massivas, calibrado e em sintonia fina com o influxo de capitais estrangeiros, sejam especulativos ou não, poderá levar a moeda nacional a beneficiar os produtores locais com uma taxa almejada na casa dos R$2,50 por dólar.
Claro que as importações levarão à saídas massivas de divisas, mas para evitar a redução das reservas, haveria que se dar ritmos homólogos à saída e às entradas dos capitais estrangeiros.
O controle da inflação seria reconduzido à situação de prioridade do Banco Central e ele, com suas políticas monetárias, ficaria incumbido de ser o guardião do valor real de nossa moeda. Que tal?

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