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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Copom enfiou o pé na jaca

Incertezas e falta de previsibilidade
vão atrapalhar os investimentos
Estamos em pleno emprego e no limite do consumo. Para além desse limite, nos encontraríamos com inadimplência insustentável e com uma inflação divergindo do centro da meta.
Juros baixos contribuem no combate à inadimplência. O crédito fácil incita ao endividamento e revigora o consumo. O consumo desemboca em inflação. O Banco Central, guardião da moeda nacional, esqueceu-se de sua missão. A inflação vai prosperar.
São muitas as intervenções na ordem econômica e todas, de uma forma ou de outra, deterioram os fundamentos da economia. Nessa toada, podemos esquecer os investimentos estrangeiros. Os nacionais também.
Não há mais quem consiga dizer se o ciclo de afrouxamento monetário nacional terminou ou não. Não há quem acredite em crescimento do superávit primário. Não há quem acredite que, sob pressão inflacionária, o governo resista à apreciação do real.
A ata do Copom vai ter que indicar direções muito fortes para que o país recupere sua credibilidade como destino dos investimentos internacionais. Estamos perdendo uma excelente oportunidade para o México e outros emergentes.
O Copom pisou na jaca.

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