Semeando
medo sobre o futuro
Ontem
o FMI dedicou-se a fazer alertas e alardes. Com um discurso sobre a prudência nas
gestões macroeconômicas dos países, semeou pânico no mercado financeiro e alardeou
riscos de natureza variada entre os agentes econômicos. Entendeu que a crise no
primeiro mundo pode aprofundar-se e deixou entrever os estragos que seriam
provocados nas vulneráveis economias emergentes. Sobrou para todo mundo.
Exageros
à parte será conveniente que os formuladores das políticas econômicas
brasileiras retomassem alguns hábitos sadios, em favor da recuperação dos
fundamentos econômicos do país. O superávit primário precisa voltar a crescer. As
desonerações, desacompanhadas de um raciocínio mais abrangente, acabam de chegar
aos municípios do país. Agora quem inicia deteriorações financeiras mais fortes
são as pulverizadas unidades administrativas municipais. O risco, nesse caso,
passa a assustar a todos, uma vez que a miséria, de fato, se concretiza para o
cidadão, no município em que mora e trabalha. A inflação não pode deixar de convergir
para o centro da meta ou se somará à redução do superávit primário para dar causa a
níveis superiores de aversão ao crescente risco-Brasil.


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