Estados Unidos, Grécia e Venezuela trazem preocupações ao investidor
Os principais mercados globais recuaram na segunda semana de 2010. O Livro Bege do Federal Reserve revelou que as condições de recuperação da economia norte-americana continuam enfraquecidas e que o mercado de trabalho não tem reagido da forma esperada. O mercado de crédito se mostra ainda pouco ativo. Resultados corporativos, cujos anúncios começaram essa semana que passou, também decepcionaram, exercendo pressões baixistas nas bolsas de todo o mundo. Para complicar mais um pouco, o presidente Barack Obama, proporá uma taxação especial, de 10 anos, sobre os principais bancos norte-americanos. O Tesouro dos EUA estima que a arrecadação, com essa medida, deve chegar a US$ 90 bilhões nos próximos dez anos, repondo aos cofres públicos o dinheiro emprestado a estas instituições durante a crise financeira mundial. Para piorar, o presidente Hugo Chávez decidiu maxi-desvalorizar o Bolívar, enquanto na Europa, a Grécia continuou a preocupar os investidores, com seus desmandos fiscais.Voltando aos EUA, o orçamento do governo registrou déficit de US$ 91,854 bilhões em dezembro de 2009 - décimo quinto mês seguido de saldo negativo. O déficit comercial cresceu de US$ 33,2 bilhões para US$ 36,4 bilhões no mês de do ano passado. O volume das vendas ao mercado varejista norte-americano decepcionou o mercado, assim como o número de pedidos de auxílio-desemprego.
Precisa mais? Foi uma semana para tomar consciência sobre as dificuldades da recuperação mundial.
No Brasil, país "abençoado por Deus e bonito por natureza", as vendas do varejo cresceram 1,1% em novembro de 2009, completando sete meses sucessivos de aumento no seu volume. variação nos preços medida pelo IGP-10, no período de trinta dias até 10 de janeiro, foi positivaem 0,20%. Isso que dizer que não há preocupações com a inflação. O IPCA de dezembro do ano passado, confirmou essa perspectiva otimista, com alta muito pequena, de 0,37%. Com isso, o acréscimo nos preços constatado em 2009 ficou em 4,31%, abaixo do centro da meta de 4,5%, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Também foi divulgado o IGP-M do primeiro decêndio do mês, com inflação de 0,27%. Então, os temores com inflação estão afastados pelo menos por esse momento. O mercado de trabalho da indústria brasileira registrou em novembro uma alta de 1,1%, em relação a outubro, na taxa de emprego – a maior expansão desde janeiro de 2001.
Como nem tudo são flores, a balança comercial iniciou 2010 com saldo negativo de US$ 375 milhões e o fluxo cambial acumulou déficit de US$ 1,768 bilhão na primeira semana de janeiro.
Além disso, o governo alemão divulgou a revisão do PIB de 2009, mostrando queda de 5%, no acumuladodo ano, resultado pior que as expectativas do mercado.
Já a China mostrou que suas exportações totais avançaram 17,7% em dezembro, ultrapassando a Alemanha como o maior exportador do mundo. As vendas de carros do país tiveram um aumento de 55,9% em 2009, passando os EUA no posto de maior mercado automobilístico do mundo.
Invetidores foram se refugiar no dólar, mostrando que apesar do desmpenho decepcionantge, na semana, dos EUA, essaáinda é uma moeda crível. O dólar, no Brasil, fechou cotado na venda a R$ 1,773, o que representa uma alta de 2,49% frente ao fechamento da semana passada. No mercado de renda fixa, os juros futuros encerraram em queda na BM&F Bovespa, sinalizando que espera aumento da taxa Selic só mais para frente, quando a inflação mostrar algum movimento.
No mercado de títulos da dívida externa brasileira, o Global 40, bônus mais líquido, encerrou cotado a 134,50% de seu valor de face, queda de 0,29% na semana. Essa queda está em linha com o comportamento do risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, que fechou cotado a 209 pontos-base, alta de 18 pontos na semana.
Quando o cenário piora, o Brasil, com todas suas virtudes econômiccas, acusa o golpe no risco-país. Isso mostra que sua economia ainda é considerada muito vulnerável a fatores externos
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