Financiar para vender ou
vender para financiar
Financiar é a palavra de ordem. É nessa operação que está a maior parte do lucro. E do risco, também. Muitas vezes, o lucro está no financiamento e não no preço da mercadoria vendida. Nessas circustâncias, varejistas tendem a desintermediar as operações financeiras. Para 2010, quero fazer um alerta: cuidado!vender para financiar
Bancos e outros agentes econômicos que operaram no sistema de crédito devem atender a dois fatores críticos de sucesso. A habilidade de tomar riscos e a habilidade de manter sob controle as carteiras de negócios. Significa dizer aos bancos e demais desintermediadores com atuação no varejo, que será necessário incorporar ferramentas de risco em tempo real, em todos os níveis da organização e em todos os seus canais de distribuição, relacionando as informações capturadas aos desempenhos da economia, aos comportamentos dos setores econômicos e aos segmentos de mercados eleitos para a atuação empresarial. Financiadores devem preparar-se para conviver com a descentralização das atividades de análise de riscos, em função dos avanços das ferramentas e dos modelos de avalição e controle deses riscos.
Quero frisar que essas mudanças não me parecem triviais. Ao contrário, elas pressupõem ferramentas de identificação precisa, utilização em massa da biometria, complexas ferrramentas de certificação e autenticação de documentos. Serão exigidos dos financiadores os trabalhos com redes neurais e algorítmos complexos para calcular a frequência esperada da inadimplência ou mitigar riscos operacionais, em potencial.
Não se trata de avanços tecnológicos, apenas. Mas, da sofisticação em tratar dados, analisá-los em grupamentos relevantes aos negócios da empresas e da conversão de todas as informações, resultantes desse intrincado processo, em estratégias competitivas. Varejistas terão que investir muito em suas atividades financeiras e enriquecê-las com outros produtos. No médio prazo, a competição aumentará. Os lucros vindos de atividades financeiras tendem a acabar ou, pelo menos, a diminuir fortemente. Para continuar operando esses créditos, e manter-se competitivo na oferta de empréstimos, desintermediadores vão ter que "batalhar". E muito.
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