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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Boletim Focus

Analistas começam o ano mais otimistas
com a economia
Veículo: Jornal DCI Data: 05/01/10
Fernanda Bompan
A expectativa dos economistas para o crescimento econômico em 2010 melhorou nesta primeira semana de janeiro. Segundo o relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, a previsão do mercado é de que o Produto Interno Bruto (PIB) passe de 5,08% para 5,20%, mantendo o otimismo para este ano. "Essa mudança já era esperada dado o rompimento com a estabilidade observada no valor de 5% na pesquisa da última semana e as boas perspectivas para a atividade econômica deste ano", afirma o analista da Tendências Consultoria, Bernardo Wjuniski.
Ele acredita que ainda há possibilidade de que as projeções aumentam ainda mais nas próximas semanas. "Entretanto, a média ainda se encontra próxima da mediana, em 5,15%, sem mostrar um descolamento que indique um viés de alta", pondera.
O diretor presidente do Instituto de Pesquisas Fractal, Celso Grisi, alerta para as consequencias do grande crescimento do PIB. "Vamos torcer para que haja elevação entre 4,5% e 5%, a fim de não ocorrer aumento inflacionário e, assim, alta da taxa de juros, que pode alcançar até 12%", ressalta. "Mas acredito que o governo deve conter uma grande alta."
O professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Pedro Vartanian, comenta que o resultado é positivo se comparado ao ano passado. "A elevação inflacionária seria prejudicial se não houvesse crescimento econômico, que traz emprego e renda para a população", analisa.
Em 2009, as previsões seguem negativas. O mercado espera que seja divulgado um resultado de retração. No último relatório do ano passado era projetado um PIB negativo de 0,22%, neste o prognóstico é de queda de 0,24%.
Inconsistência
Na opinião de Grisi há inconsistência nas predições dos índices inflacionários. "O otimismo quanto ao PIB pode ter sido provocado pelo bem-estar do fim do ano, não foi levado em conta que crescer provoca aumento inflacionário e alta da taxa de juros."
As perspectivas para o IPCA deste ano permaneceram estáveis em 4,28% para fechar o ano passado e para o IPCA de 2010 continuaram na meta de 4,50%. Para o IGP-DI de 2009, o mercado prevê uma queda de 1,30% ante retração de 1,32%, este ano, o prognóstico continua estável, há 84 semanas, em 4,50%. Já o IGP-M para este ano, que se mantinha igual a 4,50% sofreu uma queda de 4,43% nesse último documento do Banco Central. O prognóstico do IPC-Fipe do ano passado teve uma ligeira queda de 3,78% passando para 3,77%.
A taxa de câmbio também não mostrou significativas alterações, com as predições permanecendo em R$ 1,74 para o fim de 2009 e R$ 1,75 para o fim de 2010. E a taxa Selic para o fim de 2010 conservada em 10,75%.
Sobre a dívida do setor público, as perspectivas com relação a 2009 revelaram queda de 44,80% do PIB para 44,25% do PIB. Neste ano, o mercado acredita que o resultado passe de 43% do PIB para 42,50% do PIB.
Em 2010, os economistas acreditam que a balança comercial deva atingir US$ 11,30 bilhões, uma queda com relação ao último relatório Focus (US$ 11,65 bilhões). Neste ano, o valor também foi divulgado ontem, fechado a US$ 24,6 bilhões, o que é maior do que o aguardado, de acordo com o documento, que indicava queda de US$ 24,57 bilhões para US$ 24,20 bilhões. Os dados referentes ao Investimento Estrangeiro Direto (IED), para 2009, mantêm inalterados há 27 semanas em US$ 25 bilhões. Para este ano, o prognóstico é de alta de US$ 35,20 bilhões, ante US$ 35 bilhões, anteriormente previstos.
Os economistas esperam, ainda, que os preços administrativos devam fechar, com relação ao ano passado, em aumento de 4,40%, diferentemente dos 4,36% observados na última semana de 2009. E para 2010, a expectativa se mantém a 3,50% (há 21 semanas).

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