Convicção ou oportunismo de Obama
O presidente americano anuncia ajuda a famílias pobres, estudantes e aposentados. Isso significa um programa que atinge, com grande vigor, a classe média-baixa e a classe média-média. Ou seja, o grosso do eleitorado americano. Oportunismo? Prefiro crer no contrário. Ao propor a redução de impostos para as famílias com renda anual inferior a 85.000 dólares, um programa créditos para estudantes pobres, novas formas de ajuda a pessoas que tenham sob suas responsabilidades parentes velhos ou enfermos e, finalmente, a facilitação de acesso aos aposentados a seus planos de pensão, o presidente parece levar a cabo, em fatias, seu programa de campanha.
O legislativo, sobretudo os republicanos, tem lhe negado a aprovação das reformas estruturais que prometeu realizar, tais como a reforma dos sistemas de saúde, da educação e da energia. Como, então, entregar suas promessas eleitorais? O foco passou a ser o aumento da renda dos menos favorecidos por meio de medidas sociais e assistenciais, permitindo as essas classes o alcance de direitos que as reformas previam. Lembra as estratégias dos últimos governos brasileiros.Republicanos que se cuidem, porque as medidas embora tenham características populistas, podem, de fato, aumentar seu prestígio e popularidade. Com esses atributos, o presidente Obama talvez espere obter força e legitimidade para suas propostas.
Tudo isso ganhará ainda mais força se seu plano econômico for realmente capaz de criar empregos bons e duráveis.
O presidente Obama pode estar se inspirando no presidente Lula. Afinal, para Obama, “esse é o cara”.
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