Banner

Translate

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Um casamento com a classe média

Convicção ou oportunismo de Obama
O presidente americano anuncia ajuda a famílias pobres, estudantes e aposentados. Isso significa um programa que atinge, com grande vigor, a classe média-baixa e a classe média-média. Ou seja, o grosso do eleitorado americano. Oportunismo? Prefiro crer no contrário. Ao propor a redução de impostos para as famílias com renda anual inferior a 85.000 dólares, um programa créditos para estudantes pobres, novas formas de ajuda a pessoas que tenham sob suas responsabilidades parentes velhos ou enfermos e, finalmente, a facilitação de acesso aos aposentados a seus planos de pensão, o presidente parece levar a cabo, em fatias, seu programa de campanha.
O legislativo, sobretudo os republicanos, tem lhe negado a aprovação das reformas estruturais que prometeu realizar, tais como a reforma dos sistemas de saúde, da educação e da energia. Como, então, entregar suas promessas eleitorais? O foco passou a ser o aumento da renda dos menos favorecidos por meio de medidas sociais e assistenciais, permitindo as essas classes o alcance de direitos que as reformas previam. Lembra as estratégias dos últimos governos brasileiros.
Republicanos que se cuidem, porque as medidas embora tenham características populistas, podem, de fato, aumentar seu prestígio e popularidade. Com esses atributos, o presidente Obama talvez espere obter força e legitimidade para suas propostas.
Tudo isso ganhará ainda mais força se seu plano econômico for realmente capaz de criar empregos bons e duráveis.
O presidente Obama pode estar se inspirando no presidente Lula. Afinal, para Obama, “esse é o cara”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário