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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pobreza deve se aprofundar na América Latina e Caribe

CEPAL aponta para a redução do comércio
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe – CEPAL divulgou, em seu site, o relatório “Comércio Internacional na América Latina e Caribe: crise e recuperação”. O relatório afirma que as exportações da América Latina e Caribe devem registrar, em 2009, uma redução de 24%, em relação a 2008, como conseqüência da crise financeira mundial. Para se ter uma idéia dos efeitos da crise sobre a região, a CEPAL registra que o crescimento médio anual das exportações, na região, havia sido de 17%, entre 2003 e 2008. Menos emprego, renda menor, pobreza em crescimento na já sofrida América Latina e Caribe.
Segundo o relatório, essa redução decorre da combinação da queda de 15% nos preços e de 9% no volume. Redução simultânea no preço e no volume dos produtos não se era observada desde 1937. Trata-se de uma queda do comércio inter-regional comparável àquela ocorrida no período posterior à crise de 1929, em consequência de políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos e pela Europa. A pobreza cresce via deterioração do próprio consumo.
O relatório indica ainda que, haverá diferenças significativas entre as sub-regiões e países. Enquanto a previsão para a Venezuela é de queda de 42%, e para os países andinos, de 32%, no Caribe a redução deve ser de 29% e no México e Chile pode ficar em 22%, na comparação com 2008. A crise atinge todos, mas países fragilizados pela demagogia política, como a Venezuela, acabam mais expostos aos seus efeitos.
Na análise por setores, os dados de janeiro a setembro de 2009 mostram que as exportações de minerais e de petróleo foram as mais afetadas no ano passado, com queda média de 42,3%, enquanto as manufaturas tiveram retração de 25,4% e os produtos agropecuários, de 18,4%. A queda do petróleo é a principal responsável pelos resultados venezuelanos.
Ao contrário do que acontece com as exportações, a retração das importações deve-se, principalmente, à variação do volume, que teve queda de 16%, enquanto os preços apresentaram redução de 9%.
Para 2010, a previsões da CEPAL são mais otimistas e contemplam uma recuperação parcial dos preços de vários produtos básicos, tais como, cobre, petróleo, trigo e soja. De novo, os commodities tendem a "salvar a lavoura" da região.
A possível recuperação dos financiamentos internacionais e a retomada, mesmo que parcial, no nível de atividade econômica em várias economias industrializadas e na região da América Latina e Caribe também vão contribuir para a reação. Vamso aguardar!

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