Uma nova onda de desalento na Espanha
Bancos espanhóis anunciam que os incorporadores imobiliários não têm condições de honrar seus compromissos com o sistema financeiro. Uma espécie de subprime hispânico. O total da dívida é de 325.000 milhões de euros. A Associação Hipotecária Espanhola pede a intervenção governamental. Isso quer dizer sempre a mesma coisa. O “mico ficaria para o contribuinte”.
Por outro lado, banqueiros e outros financiadores imobiliários não querem assumir os créditos podres de seu país, afirmando que a utilização de provisões e o alongamento das dívidas poderiam resolver o problema. O fato é que a crise espanhola reproduziu, de certa maneira, os mesmos elementos estruturais da crise americana; ou seja, queda da demanda com queda dos preços dos imóveis dados em garantia, em seguida, queda dos níveis de emprego e, portanto, da renda. Em conseqüência, a capacidade de pagamento fica comprometida. Aí caminho é conhecido por todos. Vamos da inadimplência para a insolvência. Incorporadores não recebem, não podem pagar. Os custos financeiros sobem, a dívida cresce rapidamente e torna-se impagável.
O governo espanhol tem que agir rapidamente. Mas está quebrado e sem apoio popular para uma solução fiscal desse porte.
Está armada a próxima bomba no mercado financeiro. Nessa toada vamos repetir os últimos dias: bolsa para baixo e dólar para cima. No Brasil, dos R$ 1,80, já passamos. Em poucos dias chegaremos a R$ 1,90. Esperar e conferir.
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