Convicções européias sobre
economia mundial (I)
Dos Estados Unidos não há que esperar nos próximos dois anos. O país estará envolvido com seus gravíssimos problemas internos, envolvendo recuperação econômica, aumento do nível de emprego , déficits gêmeos (fiscal e de contas correntes), liquidez excessiva, etc, etc, etc.A partir da crise mundial, não é mais aceitável a prática cambial chinesa. A subvalorização do yuan leva ao entendimento europeu de prática desleal de comércio. Não é à toa que a Indonésia e a Tailândia perderam a paciência e passaram a acusar, com firmeza, a China, dessas práticas. O tom das acusações começa a crescer com os países vizinhos engrossando o coro dos descontentes. Ninguém mais aceita o yuan estabilizado, desde de julho de 2008. As moedas brasileira, chilena e sul-africana valorizaram-se muito. Não há razões para a criação de um neo-imperialismo, via moeda. Espera-se que essas novas acusações, nascidas na própria Ásia, possam sensibilizar o FMI, em sua reunião anual, de abril próximo.
Reafirmo aqui meu entendimento de que a China não pode contar com a omissão mundial, sempre privilegiando as ações geoestratégicas, com o objetivo de aquietar os conflitos sociais e econômicos que a ditadura chinesa não consegue resolver. Fechar os olhos para esses procedimentos assimétricos no comércio, sob a alegação de que a China está comprimida por problemas dessa natureza, não combinam com as condutas déspotas de seus dirigentes. É chegado o momento de acabar com esse verdadeiro subsídio cambial, que já ultrapassou os 30%. O resto do mundo precisa diversificar seus mercados e reduzir a pobreza em outras regiões, acossadas pela mesma miséria.
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