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sábado, 2 de janeiro de 2010

A carreira precisa ser pensada em função da empresa onde se trabalha

Todos gostariam de sair
das empresas onde trabalham?
O que faz um profissional permanecer  longos anos em uma única empresa? Duas altenativas despontam como as mais plausíveis para responder essa questão. A primeira, o comodismo, o medo de correr risco. A segunda, a perspectiva  de progresso na carreira. Na verdade, reter talentos pede que a empresa mostre sempre, e de forma consistente, as possibilidades de ascensão do profissional. Não basta um coach periódico, discutindo a evolução dos objetivos individuais e sua eventual conciliação com os objetivos organizacionais. A empresa tem que ir além. Entre os comportamentos que deve apresentar, certamente, inclue-se a oferta de cursos patrocinados de atualização, reciclagem e formação executiva. Programas dessas naturezas, sobretudo os internacionais, evidenciam o desejo da organização aproveitar sua mão de obra em outros cargos mais altos. Uma pesquisa, realizada  pela Hewitt, constatou que 25% dos profissionais que passam por programas de educação executiva são promovidos em até um ano após o final do curso, ou ganham estrutura cognitiva suficiente para alcançar um novo cargo, no prazo médio.
Portanto, as empresas não podem entender cursos de pós-graduação lato sensu ou MBA's como uma premiação ou um benefício, mas precisam vê-los como parte integrante de um processo interno de formação profissional, absolutamente vinculado às necessidades da organização. Basicamente, esses cursos deveriam estar voltados a ensinar dois tipos de conhecimentos:
1o) Como lidar com pessoas, motivando-as, ensinado-as as formas de relacionamentos entre elas;
2o) Pensar o mercado criativamente, sempre à busca de novas oportunidades de crescimento do faturamento e dos lucros das organizações.
Estudar, portanto, é uma forma de tornar-se competitivo. Sempre que a empresa recusa liberar parte do tempo do executivo para o estudo formal, ou nega-lhe recursos para investimentos no desenvolvimento de seu potencial, é chegado momento de o executivo pensar se, realmente, essa empresa está disposta  a permitir sua ascensão profissional, ou se, até mesmo, tem algum interesse em sua evolução pessoal. Talvez seja hora de mudar de empresa mesmo.

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