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sábado, 19 de novembro de 2011

Arrependimento, por tantas medidas macroprudenciais, mata?

Medidas macroprudenciais foram exageradas?
Realmente, essas medidas não devem ser entendidas como exageradas. O relaxamento nas taxas de juros deve ser visto apenas como decisão contracíclica. E nada mais.
A deterioração do ambiente internacional trouxe um movimento recessivo de proporções alentadas. A taxa de juros foi considerada como um instrumento de política econômica indispensável para reduzir os impactos externos sobre a economia interna. Entretanto, seu uso não pode esquecer o comportamento dos preços e comprometer a estabilidade monetária. Pessoalmente, tenho muito receio de uma eventual recaída inflacionária. Acredito, entretanto, que um arrocho nos gastos públicos pode impedir o renascimento das altas de preços no país. O corte tem que se dar no custeio, jamais nos investimentos. O estado podrá abrir mão de seu papel indutor, no combate à crise. A expansão moderada do crédito pode ser medida de revitalização da economia nesse instante, embora deva ser administrada com olhos nos aumentos da inadimplência e no crescimento da renda real das famílias. Nessa perspectiva, é e de se esperar por novas reduções da Selic, aliviando a pressão que a política monetária tem feito sobre o consumidor e sobre a demanda nacional.
As commodities não caíram tanto quanto previam os analistas, mostrando que a procura mundial por alimentos é maior que a crise que o mundo atravessa. Desse modo, políticas desenvolvimentistas, que privilegiam o crescimento, ganham espaços novos e começam a justificar a prática de juros menores.
Convém ainda lembrar que Japão e Estados Unidos emitem sinais positivos quanto aos seus crescimentos internos e amenizam, em grande medida, a crise internacional. Também não nos esqueçamos que, depois de tantas injeções de liquidez, a inflação remanesce acima do esperado, em um amplo conjunto de países. Parece prudente não fazer previsões tão negras, pois a desaceleração pode não ser tão forte quanto se tem anunciado.

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