Na economia real, a 2a feira foi ruim para o mundo e boa para o Brasil
A semana começou mal para as bolsas. O impasse sobre os cortes na economia norte-americana
espalhou incertezas pelo mundo e agravou a percepção de risco dos investidores.
A aversão ao risco encontra como base a ausência de perspectivas para
solucionar a crise das dívidas soberanas na Europa. Os Estados Unidos adicionam
nesse tema mais um componente explosivo, ao não encontrar um consenso mínimo
sobre os cortes orçamentários a que são obrigados.
Num
e noutro caso, estão presentes os políticos e suas ineficiências para tratar
questões de natureza econômica. Ao conduzir de forma sectária os desafios
públicos, impedem os estados nacionais de encontrar-se com seus verdadeiros papéis
e funções.
As
bolsas ao redor do mundo vieram abaixo e, no Brasil, o dólar valorizou-se
fortemente. Encerrou o dia em alta de 1,29%, cotado a R$ 1,806. No mercado de
juros, o DI janeiro fechou em 10,978%.
Na
economia real brasileira, ao contrário do mundo desenvolvido, podemos comemorar:
dólar para cima, juros para baixo e, por final, a desaceleração do IGP-M, na segunda prévia de novembro, registrando inflação de
0,40%. Alimentos sempre pressionam os índices que medem as altas de preços. A
carne bovina foi o destaque dessa aferição em função do período anterior de
estiagem.
Mas outros itens jogaram a favor e o IPCA que, havia sido de 0,44% no
mês anterior, recuou. Alimentos continuarão a pressionar a inflação até, pelo
menos, o final das festas de 2011. Vamos continuar observando a semana.
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