Nos
naufrágios, os ratos são os primeiros a abandonar o barco
A
posse de Mario Conti como Primeiro
Ministro da Itália provocou um momento inicial de otimismo. As bolsas na Ásia
apresentaram elevações. No ocidente, abriram alta pelo mesmo motivo. Mas recuaram
em seguida em função do fracasso do leilão de bonds de 5 anos da Itália. O
Yield para esses títulos atingiu níveis inusitados, desde a criação da moeda
única européia.
Como
se vê, já o mercado não crê em sustentabilidade fiscal para a Itália e outros periféricos
da Zona do Euro. O resultado pode ser traduzido pela fuga de capitais dos
títulos representativos de dívidas soberanas. Além dos temores em relação à
Espanha, Portugal e Itália, os investidores liquidaram suas posições em papéis
da Áustria, Bélgica, Finlândia, França e Holanda.
Dada
a gravidade da situação, a chanceler alemã, Angela Merkel, entrou em ação. Alertou a todos
de forma contundente: "A Europa vive um dos piores momentos desde Segunda
Guerra Mundial, talvez o pior momento", em seu discurso nessa
segunda-feira, em Leipzig, no congresso da União Democrata-Cristã, partido da chanceler.
“Se o euro fracassar a Europa vai fracassar”, disse Merkel.
O discurso pode ser entendido como um pedido de apoio às medidas
políticas e as suas posições frente à crise. Mas, para, além disso, seria bom
entender que não se pode demorar tanto para encaminhar políticas econômicas em
casos de default. Agentes econômicos são como os ratos no momento de naufrágio:
saltam para o mar antes dos próprios marinheiros.
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