Reativar a demanda é a promessa atual do G-20
A intensificação dos investimentos foi acordada no âmbito
do G-20, com o objetivo de ampliar o consumo. Em termos econômicos, apenas abriu-se
um guarda roupas velho. Ali foram encontradas roupas usadas, com a mesma forma
do corpo. Nada de novo.
A imagem reproduz uma idéia sobre a mesmice,
descrita em versos de Fernando Pessoa. As quatro maiores
potencias mundiais decidiram reativar suas demandas internas objetivando
afastar a ameaça de recessão nos países desenvolvidos. Para isso, comprometem-se
a expandir os níveis de investimentos públicos e privados.
Um conto de carochinha, que desrespeita limites e possibilidades
da realidade econômica de cada país. Os Estados Unidos reprovaram dias atrás o
plano proposto pela Administração de Obama, baseado medidas fiscais e a
realização de obras públicas. O Japão já está em plena reconstrução das áreas
atingidas pelos terremotos de março, desse ano. São investimentos grandes que já
se iniciaram e não foram, pelo menos ainda, capazes de aumentar o consumo do
povo japonês, poupador e entesourador contumaz. A China mostra-se disposta a
flexibilizar sua moeda. Não falou em valorizá-la e nem comprometeu-se a prazo
algum. Subentendeu apenas que manteria a política de flexibilização do Yuan.
Também não se salvou a proposta alemã. Angela Merkel anunciou
que tomará medidas para incrementar o consumo interno e eliminar ineficiências
que reduzem o nível de investimento e ampliam o nível de poupança, demasiado alto. Não disse como.
São palavras ao vento, sem nada de concreto.
Os líderes mundiais manifestaram suas intenções sobre ideias já conhecidas para compor seus discursos
finais no encerramento do G-20, nesse sábado.
O mundo ficará como está. O FMI e seus recursos remanescerão
como a única fonte de esperança para a economia mundial. Que draga!
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