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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Encruzilhadas

O momento é marcado por decisões
muito difíceis
O COPOM reune-se, pela última vez esse ano, no próximo dia 30. Na pauta, a decisão de baixar mais 0,5 pontos percentuais o juro básico da economia nacional. Viria,nessa hipótese, para 11% ao ano.
A inflação de outubro recuou além de todas as previsões dos especialistas. Isso sinaliza para a redução da taxa. De outro lado, no início de novembro, os preços mostraram tendências de alta. Somam-se a essa tendência as pressões sazonais de final do ano e a valorização do dólar que encarecem as importações. Isso aponta para deixar a taxa como está, sem nehuma redução.
O COPOM terá que decidir.
A oferta de emprego já é menor e está concentrada em ocupações de baixa remunerações. O crescimento está próximo a zero. Oferta e demanda de crédito estão mais seletivas. Agentes financeiros e consumidores assumiram estratégias defensivas. As iniciativas de recuperação de crédito multiplicam-se no esforço de conter a alta da inadimplência. Ninguém quer ficar com o "mico na mão".
Agrava-se o quadro recessivo internacional, as incertezas e imprevisibilidades desse cenário só fazem cerescer os temores entre os agentes econômicos. Europa e Estados Unidos são ameaças grandes à recuperação mundial.
No Brasil, o influxo de investimentos diretos continua firme, alheio às ponderações sobre risco-País.
Realmente, puxaram a escada. O COPOM, coitado, ficou suspenso apenas pela "brocha".
Quer saber? A recessão está chegando mais fraca do que esperávamos. A inflação, também.
As importações são dominadas por produtos de cosnumo, industrializados. A alta do dólar será epassada aos consumidoress, pondo novas pressões inflacionárias no nosso sistema de preços.
Francamente, há espaço para baixar a taxa. Pessoalment, preferiria deixar isso para o ano que vem. A decisão é realmente muito difícil

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