IPCA-15
em alta modesta de 0,46%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo - 15, denominado pela sigla IPCA-15, aponta alta de 0,46%, no mês de novembro.
Em outubro, a variação tinha sido de 0,42%.O aumento foi muito leve, mas já mostra que o final de ano sempre faz os preços crescerem.
De
janeiro a outubro desse ano, o IPCA-15 está em 5,96%, mas o acumulado dos
últimos doze meses registra que o índice está acima do limite superior do
centro da meta: 6,69%.
Os
preços dos alimentos variaram de 0,52%, em outubro, para 0,77%, em novembro. A
entre safra explica o fenômeno inflacionário na alimentação.
Os
artigos de vestuário subiram 0,87%, enquanto as despesas pessoais tiveram alta
de 0,82% em novembro. No grupo Comunicação, merecem atenção os serviços de
telefonia celular, que apresentou variação de 1,83%.
Essas
altas atingem, sobretudo, a classe média e a população de menor renda. Por outro
lado, essas classes foram poupadas em relação a itens muito representativos de
suas despesas: transporte subiu apenas 0,02% e habitação teve alta de 0,40%.
Fica
a impressão de que a desaceleração econômica deu jeito na inflação. E ficam a
dúvidas em relação à política a ser praticada para a taxa básica do juro no
país. Alguns, como eu, acham que a Selic deve cair mais devagar, postergando a
redução de 0,5% para o ano que vem. Outros acham que a ameaça de um eventual recrudescimento
da inflação está afastada e que urge reduzir o juro para evitar o
aprofundamento da desaceleração econômica. Há ainda os radicais. Sugerem
uma redução da Selic de 1,0%, argumentando sobre a necessidade do uso desse
instrumento de forma mais decisiva, para evitar uma recessão que estaria se
avizinhando de nossa economia. São os contracíclicos radicais.
Como
se vê, "tem para todos". Não faltam divergências para sustentar críticas
contundentes à posição que o COPOM vier a tomar no próximo dia 30. Seja qual for.
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