Promessa é dívida, Berlusconi.
Na Europa, a aprovação de medidas
orçamentárias pelo Senado italiano, pode acalmar os ânimos na próxima semana. O
primeiro ministro italiano prometeu renunciar após a aprovação das medidas. E
promessa é dívida, acredita o mercado.
Na Grécia, Lucas Papademos, com a
credibilidade de vice-presidente do Banco Central Europeu foi empossado
chefe do novo governo de coalizão, e deverá levar a cabo as reformas exigidas para a concessão do pacote adicional de ajuda àquele país, de
130 bilhões de euros. O encaminhamento dos problemas desses dois países também pode levar o mercado a um novo momento de
otimismo. A Europa precisaria ainda recuperar a renda e o consumo para provocar
uma ampliação dos investimentos privados. Oxalá isso possa acontecer pelas mãos
da Alemanha e da França. Caso contrário, 2012 e 2013 terão garantidos uma
recessão econômica que há muito tempo não se via por lá.
Da China e do Japão não se espera
maiores novidades essa semana. A China continuará a administrar o seu pouso
suave e o Japão continua o esforço por uma decolagem, ainda mais suave. A Ásia,
tirantes seus terremotos e tsunamis, está mais para uma economia em estado Zen,
nessa próxima semana.
O Brasil estará de férias até 4ª. feira.
Afinal, a república é coisa que entrou na moda nesses últimos tempos. Aproveitando
a galeria construída entre o final de semana e o feriado da proclamação, o
governo federal, laico e republicano, pode estar incubando alguma surpresa no campo
do crédito ao consumidor. Arrepia-me pensar no recrudescimento inflacionário
face ao pensamento ao desenvolvimentista reativo e não planejado, que tomou conta desse país.
Quando a semana começar tudo vai parecer quarta-feira de cinzas. E para Berlusconi estará se iniciando uma extemporânea quaresma individual.
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