Banco
Central Europeu reduziu
a taxa de juros para 1,25%.
No
segundo dia como presidente do Banco
Central Europeu, Mario Draghi anunciou a redução da taxa de juros para 1,25%. A suposição implícita nessa decisão
é que o nível de atividade econômica, principalmente o da produção industrial,
esteja surpreendendo negativamente os agentes econômicos daquela região. O
corte dos juros foi de 0,25% e, como no caso brasileiro, deixou à margem a alta
dos preços.
A inflação na Europa bateu, no mês passado, 3,0%. A decisão foi justificada pelo entendimento
da autoridade monetária europeia de que o movimento inflacionário é meramente
temporário e que sua tendência é de reduzir-se a 2%, em 2012. Portanto,
inauguramos uma nova nomenclatura econômica: inflação temporária. Uma espécie
de “aguente, que daqui um pouco passa.”
Draghi
crê nisso e constrói novas expectativas de corte ainda para dezembro desse ano.
Os mercados já falam em mais 25 pontos, no primeiro trimestre de 2012.
Francamente,
em matéria de política econômica o limite entre audácia e irresponsabilidade é
muito tênue. As margens de lucro na Europa estão muito reduzidas e juros baixos
estimulam sua recomposição por meio de repasses aos preços finais, induzindo a
novas altas e anulando os efeitos dos baixos juros.
É
a renda que precisa crescer. Mas ela depende do nível de emprego e de sua remuneração que,
por sua vez, dependem dos investimentos. Investimentos não são feitos se não
houver consumo. Consumo só existe se houver renda. Com isso, o cachorro fica
correndo atrás do rabo e o empobrecimento está garantido.
Como
quebrar o ciclo? Até agora, na teoria econômica, a resposta tem sido apenas
uma: a volta do estado indutor.
Portanto,
socorros são insuficientes. Os estados precisam voltar a investir.
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