Inívíduos e grupos não podem sobrepor-se
aos interesses sociais
As
autoridades reguladoras conseguiram alarmar um pouco mais o mundo. Tardiamente identificaram
uma lista de 29 bancos, com risco sistêmico; isto é, se quebrarem levam o mundo
de arrasto.
São
instituições financeiras cujos tamanhos são de tal ordem que podem “por o mundo
abaixo”.
Anunciar
isso agora é um verdadeiro atestado de incompetência. Ou de má fé. Omissões tão intoleráveis quanto o descabimento das ações desses bancos.
São
dezessete entidades europeias, oito norte-americanas e quatro asiáticas, conforme
anuncia o Conselho de Estabilidade Financeira, em plena reunião do G20, na
cidade francesa de Cannes. Cannes lembra-nos festivais, mas de outra
natureza.
Vamos
a alguns nomes: 1) na França: BPCE, BNP Paribas, Crédit Agricole e a Société
Générale; 2) na Alemanha: Deutsche Bank e o Commerzbank; nos Estados Unidos: o
Goldman Sachs, o JP Morgan e o Citigroup; 3) na Ásia: o Banco da China. Impossível admitir a impunidade , nesses casos.
É
triste reconhecer que, nesse ambiente, "não há freiras". O que aparece diante da população são apenas
banqueiros gananciosamente irresponsáveis.
Não
há como tolerar a irresponsabilidade dessas instituições.
O custo social que
impõem à sociedade pede punições aos seus acionistas. Os modelos mais avançados
de governança corporativa sugerem que empresariar corresponde a uma delegação que
a sociedade faz a controladores. É preciso fazê-los falir, de fato e de direito. A lição
deve ser definitiva.
Por
omissão, devem ser punidos os reguladores e os fiscalizadores. Não basta
equacionar os problemas financeiros e econômicos. Será necessáro criar uma regulação
que proteja instituições, sociedade e indivíduos.
Equilíbrio
e respeito, por todos, devem ser a regra do novo modelo de convívio social que
precisamos definir para o mundo pós 2008. Inspirar-se no modelo brasileiro pode ser um bom caminho para os sistemas financeiros mundiais.
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