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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A vida social precisa ser respeitada

Inívíduos e grupos não podem sobrepor-se
aos interesses sociais
As autoridades reguladoras conseguiram alarmar um pouco mais o mundo. Tardiamente identificaram uma lista de 29 bancos, com risco sistêmico; isto é, se quebrarem levam o mundo de arrasto.
São instituições financeiras cujos tamanhos são de tal ordem que podem “por o mundo abaixo”.
Anunciar isso agora é um verdadeiro atestado de incompetência. Ou de má fé. Omissões tão intoleráveis quanto o descabimento das ações desses bancos.
São dezessete entidades europeias, oito norte-americanas e quatro asiáticas, conforme anuncia o Conselho de Estabilidade Financeira, em plena reunião do G20, na cidade francesa de Cannes. Cannes lembra-nos festivais, mas de outra natureza.
Vamos a alguns nomes: 1) na França: BPCE, BNP Paribas, Crédit Agricole e a Société Générale; 2) na Alemanha: Deutsche Bank e o Commerzbank; nos Estados Unidos: o Goldman Sachs, o JP Morgan e o Citigroup; 3) na Ásia: o Banco da China. Impossível admitir a impunidade , nesses casos.
É triste reconhecer que, nesse ambiente, "não há freiras". O que aparece diante da população são apenas banqueiros gananciosamente irresponsáveis.
Não há como tolerar a irresponsabilidade dessas instituições.
O custo social que impõem à sociedade pede punições aos seus acionistas. Os modelos mais avançados de governança corporativa sugerem que empresariar corresponde a uma delegação que a sociedade faz a controladores. É preciso fazê-los falir, de fato e de direito. A lição deve ser definitiva.
Por omissão, devem ser punidos os reguladores e os fiscalizadores. Não basta equacionar os problemas financeiros e econômicos. Será necessáro criar uma regulação que proteja instituições, sociedade e indivíduos.
Equilíbrio e respeito, por todos, devem ser a regra do novo modelo de convívio social que precisamos definir para o mundo pós 2008. Inspirar-se no modelo brasileiro pode ser um bom caminho para os sistemas financeiros mundiais.

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