Um fato que precisa ser conhecido
No acumulado de 2011, até novembro, os investimentos do
governo federal tiveram recuo de 2,7%, comparado a igual período de 2010.
Essa redução aponta para uma política de criação de empregos
sustentada fundamentalmente pelo consumo criado pelos dissídios generosos, pelo
aumento do mínimo além do que seria recomendável e pela política expansionista
de crédito. Os três elementos podem explicar os recrudescimentos inflacionários
vividos em 2011.
Os investimentos, esses sim, deveriam ter criado empregos e feito crescer a renda,
mas com a correspondente expansão dos bens e produtos ofertados à sociedade,
ainda que com a natural defasagem em que implica. Teria implicado também a
modernização do país e o avanço da infraestrutura.
Também faz suspeitar que a meta fiscal atingida tão cedo
possa ter sido fruto da suspensão dos investimentos e não da propalada redução
do custeio público.
Para os que não estão atentos, o Brasil precisaria investir
cerca de 21% de seu PIB para crescer 3,0% ao ano. O ano deve encerrar-se com apenas 19% do PIB
investido pelo governo federal. A promessa era de muito mais. Talvez a
desaceleração possa ser explicada pela timidez em investir e pela ousadia em
gastar.
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