E tudo virou festa
Os contratos
futuros de petróleo fecharam ontem em
alta nas principais bolsas do mundo.
Os agentes
econômicos ficaram empolgados com algumas notícias econômicas e receosos com
outras noticias políticas.
Os dados positivos referentes à construção civil norte-americana
e a alta da confiança na Alemanha
explicaram boa parte do aumento do petróleo. Por outro lado, as tensões sociais
e políticas em dois grandes países produtores, Irã e Cazaquistão, explicaram o restante da alta. No
Cazaquistão, confrontos entre polícia e trabalhadores deixaram saldo de 15 mortos,
em um único dia. No Irã, as sanções impostas pela ONU produzem impactos mais
fortes que os esperados na economia do país. Esses fatos deram impulso ainda
maior às altas dessa terça-feira.
Em Londres, o barril do
petróleo Brent, encerrou a sessão negociado a US$ 107,02, equivalente a uma alta
de 3,50% em relação ao dia anterior. Nos Estados Unidos, na bolsa de Nova York,
o principal contrato, com vencimento em janeiro, teve alta similar de 3,56%, no
dia de ontem. Encerrou a US$ 97,22 por barril.
O número de casas, em início de construção,
nos EUA surpreendeu o mercado, com um resultado de 685 mil novas unidades, em termos anualizado. Igualmente o número de autorizações para
construção de novas casas foi uma surpresa positiva. Ao todo foram concedidas
681 mil permissões para construção civil.
Em adição, chegaram ao mercado notícias
sobre indicadores positivos da economia da Alemanha e sobre a redução expressiva
no custo de financiamento da dívida espanhola, de curto prazo, em leilão de
títulos onde o governo espanhol captou € 5,64 bilhões em papéis, com
vencimento a três e seis meses. O volume esperado de vendas desses títulos não
ultrapassava os € 4,5 bilhões.
Para culminar, os mercados receberam com
muito otimismo dois indicadores da confiança da economia alemã. O primeiro,
produzido pela reputado instituto de pesquisa GFK, cujo o índice apura a
confiança do consumidor da Alemanha e que registrou um crescimento nas
expectativas sobre a economia, pela primeira vez, nos últimos cinco meses. O segundo,
o índice de confiança dos empresários alemães, medido pelo instituto Ifo, revelou
um quadro positivo, subindo de 106,6 pontos no mês de novembro, para 107,2
pontos, em dezembro.
Virou festa.
Virou festa.
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