Relatório Semanal da CMIX
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Reproduzo texto do Relatório Semanal da CMIX enviado pelo amigo
Emmanoel Zullo Godinho, de Toledo, no Paraná. O grifos são nosso.
“O presidente do frigorífico Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, disse
que o Brasil produzirá 50 milhões de
bezerros até o final deste ano. Para 2012, haverá um crescimento de 3% a 4% desses animais.
No Brasil, estamos caminhando para o ponto de inflexão do ciclo da pecuária. Temos
aumento de estoques de vacas e bezerros. Poucos países estão nesse processo
de recomposição do rebanho. O criador brasileiro ainda está com boa produtividade,
disse o executivo.
Segundo ele, em um mundo de demanda crescente, o Brasil ocupará uma posição única no mundo como fornecedor de carne
bovina, já que o que se observa é uma redução na produção da proteína nos principais
concorrentes do país, principalmente os desenvolvidos. Na Europa, estão diminuindo os subsídios à produção; nos Estados
Unidos, temos o menor rebanho dos últimos 60 anos e o foco está no subsídio ao
etanol e os produtores estão deixando a atividade pecuária para investir em
etanol. Na Austrália, temos rebanho estável (flat) e não aumenta por falta de
água. Na Argentina, problemas internos
políticos prejudicam o setor. Estamos no lugar certo para produzir
proteínas explicou o executivo. Ele também disse que 2012 será um período sem
grandes "surpresas" no preço da arroba do
boi. Os contratos negociados na BM&FBovespa indicam preços 5%
menores para o ano que vem, declarou. Com relação à demanda, no mercado
doméstico, é "bastante pujante, ainda mais com crescimento de renda da
população." O Nordeste é uma região-foco da empresa para o ano que vem.
No mercado externo, conforme Queiroz, a demanda por carne bovina
continuará, principalmente em mercados em desenvolvimento. Sobre China, o
executivo disse que há um grande potencial de aumento de demanda. O consumo per
capita na China é pouco, cerca de 3 quilos/ano. Mas fizemos uma conta: se cada
chinês consumir pelo menos um hambúrguer a cada dois meses, há um aumento de um
quilo no consumo per capita/ano. Vemos
que a China cada vez mais está se direcionando para um consumo ocidentalizado
declarou. Hoje, 8% do volume exportado da companhia são para Hong Kong e
China continental. Se incluir países do Oriente Médio, Líbia, Tunísia, Argélia e
Marrocos, países que também estão mais flexíveis para exportações de proteínas,
esse porcentual passa para 40%. Queiroz
informou que sua unidade no Paraguai está operando normalmente, com produção destinada ao mercado interno, Brasil e Rússia.
Para o Chile, grande mercado consumidor da carne paraguaia, a empresa está atendendo
o país de unidades brasileiras. Essa é a beleza da diversificação geográfica
ressaltou. Sobre o embargo russo a frigoríficos brasileiros, Queiroz se mostrou
confiante na reversão da medida adotada pelo país. Os técnicos estão visitando unidades brasileiras, inclusive algumas
nossas. Só de estarem fazendo essas visitas, é um sinal de reversão do embargo e até novas
habilitações de unidades em breve declarou.”
Portanto, o mercado de carne bovina continuará muito bom, pelo menos
por mais alguns anos, puxando a carne de porco e de frango para a mesma direção.
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