O
acordo agradou, mas sua implantação
levanta novas dúvidas
As
dúvidas sobre a implantação do acordo fiscal alcançado nessa sexta-feira produziu
novas incertezas. Muitos dos países envolvidos não seriam capazes de, por si só,
cumprir as obrigações impostas, dentro dos prazos previstos. As avaliações
ainda são muito prematuras, uma vez que a União Europeia ainda não definiu o
valor final dos recursos necessários a alcançar as metas fiscais fixadas. Há uma
multiplicidade de situações fiscais nos diversos países da região que
obrigaria a esforços nacionais diferenciados e cujos custos sociais e
políticos põem em risco o cumprimento de tudo que se acordou.
Esses países
exigirão diferentes níveis de socorros que só poderão ser oferecidos por meio
do consenso europeu e, certamente, pela renúncia dos estados-membros mais ricos.
Essas
dúvidas trouxeram novas instabilidades ao mercado financeiro global. O arranque
para a recuperação mundial esbarrou nesse pequeno cisco que entupiu o
carburador e fêz "morrer o motor" europeu.A percepção dos investidores foi agravada pela notícia de que a Moody´s pretende rever os ratings dos países da União Européia. São novas preocupações que parecem complicar o alcance de uma solução para o problema da Zona do Euro. As agências se esmeram na busca pelos momentos mais inconvenientes para fazer suas declarações. Aliás, a função da agência é apenas a de fazer a avaliação do risco, e não a de anunciar suas intenções em fazê-la.
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