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sábado, 31 de dezembro de 2011

As novas fronteiras bancárias no Brasil

Sistema financeiro e a segmentação de mercado
Bancos chineses e coreanos estão chegando ao mercado do atacado brasileiro. Em seguida, apontarão para os segmentos do wealth management. No longo prazo, o ambiente concorrencial no mercado financeiro deverá mudar para um quadro muito distinto do atual.
Alguns concorrentes internos, que antes compareciam como desintermediadores, também trarão mudanças substanciais à indústria financeira, através de especializações. Estratégias competitivas ousadas e de grande eficiência acirrarão as disputas de mercado.
O Tribanco é atualmente o exemplo mais contundente desse novo cenário. Desenhou uma estratégia sobre as vocações atacadistas de seu controlador, o Grupo Martins.
Seu alvo é o mercado de varejistas composto por farmácias, padarias, lojas do atacarejo, de conveniência, pequenos supermercados, lojas de bairro e  outros pontos de venda assemelhados. Esse mercado é, na linguagem bancária o segmento do “low small business”. Não se trata apenas das lojas, mas de seus consumidores ou clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
Seus cartões, conhecidos pelo nome de Tricard, estão no núcleo dessa estratégia e serão responsáveis pela expansão continuada do Tribanco nesses segmento, adicionando outros produtos de crédito ao longo do tempo. Passos seguintes deverão envolver os principais fornecedores desses pontos de vendas e espontaneamente surgirá uma das maiores redes de correspondentes bancários do país, bem como alguma nova tipologia de agências bancárias.
Bancos maiores sofreram perdas de um número não desprezível de operações.
Uma nova estrutura competitiva surgirá no mercado financeiro, obrigando à adoção de novas segmentações e de estruturas ainda mais especializadas para a compreensão dos novos hábitos de banking por todo o país.
Melhor não ficar esperando pela mudança, mas antecipá-la.

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