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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um suspiro, apenas?

A boa notícia da semana chega
pelas mãos da indústria
Em meio à crise internacional e no seu mais difícil momento de 2011, produção industrial brasileira cresceu. Pouco, é verdade. Havia recuado dois meses seguidos (setembro e outubro). E eis que o uso da capacidade instalada saiu de 43,9 pontos, em outubro, atingindo em novembro, 45,9 pontos, conforme relatado no boletim Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria.
Para melhorar, a divulgação aponta para a redução dos estoques na indústria. Em outubro, os estoques haviam registrado 52,4 pontos e, em novembro, mostram recuo para 51,1 pontos. Por que esses movimentos tão pequenos dos números são tão auspiciosos? Na verdade, a redução dos estoques e o aumento do uso da capacidade instalada mostram que a indústria não precisará, pelo menos até o final de dezembro, dar início a ajustes de sua oferta ao quadro da demanda atual. Com isso pode evitar as demissões.
Entretanto, para a demanda dos primeiros meses de 2012, será necessária uma ação mais incisiva do governo federal, garantindo condições para que as famílias não reduzam seu consumo. Do lado da indústria, as decisões serão pautadas pelo desempenho que a renda real das famílias apresente e pela certeza de que a política de crédito ao consumo será mantida de maneira expansionista. Do lado da demanda, consumidores e suas famílias observarão as variações na oferta de empregos, nos reajustes salariais e no comportamento dos preços. Preços em rápida elevação comprometem a renda das famílias, reajustes modestos comprometem os ganhos reais, mas moderam o crescimento dos preços. O segredo estará em regular todos esses movimentos de maneira a trazer os melhores benefícios de eventuais reajustes, mantendo baixa a inflação e o mercado de trabalho e o consumo ativos.
Não será fácil, de um lado porque o estudo também mostrou haver ligeira queda das vagas de trabalho na indústria, em novembro e, de outro, porque há, de fato, entre os empresários, a sensação de que seus preços foram muito represados e eles estariam tendentes a proceder a altas mais elevadas, logo no início de 2012.

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